As Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) da Beira Serra – Arganil, Góis, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra e Tábua – reuniram-se num encontro subordinado ao tema “O papel da família no sistema de promoção e proteção”, em Oliveira do Hospital.
O Encontro das CPCJ da Beira Serra contou com os contributos dos representantes das cinco Comissões que apresentaram o trabalho desenvolvido bem como algumas das suas preocupações e desafios para as suas atuações que se centram, sempre, na defesa e promoção dos direitos das crianças.
Num segundo painel, a discussão fez-se em torno d’ “O Papel da Família no Sistema de Promoção e Proteção” com os contributos da psicóloga do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital, do GAF – Grupo Aprender em Festa que apresentou o projeto piloto “Anos Incríveis” iniciado em 2009 e do projeto “Escola + Feliz – Equipa Multidisciplinar de Intervenção Escolar” de do Município de Oliveira do Hospital.
Um encontro em torno do “trabalho que se quer discreto mas feito todos os dias” que é concretizado pelas CPCJ porque “pugnamos por uma imagem que acabe com a ideia que as CPCJ são entidades que retiram as crianças às famílias”, como assinalou José Francisco Rolo, presidente da CPCJ de Oliveira do Hospital.
As Comissões são “estruturas que trabalham com as famílias”, frisou para acrescentar que “só envolvendo as famílias é que conseguimos alterar os casos sinalizados, em casos de sucesso. Acima de tudo, temos a responsabilidade de cuidar das crianças e jovens e formar cidadãos responsáveis e equilibrados para o futuro. É essa a nossa obrigação”.
José Francisco Rolo considerou ainda que estas jornadas são de capital importância para a partilha e troca de experiências e de boas práticas na certeza de que “vamos sair daqui mais capacitados para sermos [CPCJ] úteis às famílias”.
A acompanhar os trabalhos esteve Fátima Gonçalves, da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) que saudou “a importância dos projetos que se revestem de boas práticas” apresentados ao longo do dia bem como a “ação e a formação que reforçam e fortalecem não só a capacitação dos técnicos mas são também uma alavanca e um suporte da rede”.
Defensora de uma “intervenção articulada e colaborativa” assente no “agir em rede” enquanto “compromisso para o bem cuidar”, Fátima Gonçalves apelou para que as “crianças não fiquem invisíveis”. O trabalho e ação das CPCJ com os pais tem em vista, como assinalou, “a proteção e promoção dos direitos dos seus filhos” e “acima de tudo de os concretizar”.
Ficou bem vincado que a intervenção das CPCJ é eminentemente técnica, protetiva, centrada na criança e não é um ato de voluntariado, “não é ação social nem intervenção judicial, é intervenção protetiva dos direitos da criança”, frisou a representante da CNPDPCJ.
No encerramento, a vereadora da Educação Graça Silva destacou o trabalho desenvolvido por todas as CPCJ da Beira Serra e a execução de projetos em rede através de parcerias, envolvendo as famílias, a escola, e toda a comunidade porque o “importante são as nossas crianças e jovens”.