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Creche de Oliveira do Hospital fecha por causa de surto Covid-19

Um surto de Covid-19 obrigou, esta quarta feira, ao encerramento das valências de creche e jardim de infância da Fundação Aurélio Amaro Dinis (FAAD), em Oliveira do Hospital.

O surto atingiu 13 crianças e quatro auxiliares testaram positivo ao novo coronavírus, o que levou a Direção Geral de Saúde a decretar a suspensão das atividades naquele estabelecimento de apoio à primeira infância. Ao todo, 213 crianças, utentes da creche, jardim de infância e ATL regressaram a casa, menos de um mês depois da reabertura do ensino presencial.

Já na semana passada, tinham sido detetados casos positivos entre os utentes e colaboradoras do infantário, obrigando ao isolamento de duas salas, o que leva o presidente do Conselho de Administração da FAAD, Álvaro Herdade, a concluir que o novo surto de Covid-19, que atinge em particular a instituição, tenha tido origem nas escolas do AEOH.

“No regresso às aulas houve seis testes de PCR que deram negativo, quando tinham testado positivo nos testes antigénio, ora isto é quase impossível” afirma,com toda a clareza, o médico que preside à FAAD, explicando que do ponto de vista clínico “um teste de PCR nunca pode ser negativo quando o antigénio deteta o anticorpo. Não pode haver anticorpo sem haver vírus”, explica.

“Houve aqui alguma coisa que foi mal feita e houve alguma leviandade” na forma como trataram aqueles resultados, acrescenta. “Deviam-se ter questionado e colocar aqueles profissionais do AEOH logo em isolamento profilático, não o fizeram e agora estamos muito mal e ao contrário de quase todos os concelhos do país”, constatou ainda o dirigente da Fundação Aurélio Amaro Dinis, reconhecendo que a decisão das autoridades de saúde de encerrar o infantário foi a mais acertada nesta fase, “porque isto é uma bola de neve, se não começarmos a cortar as cadeias”.

O médico entende, assim, que esta situação poderia ter-se evitado, porque neste momento “temos outra vez uma transmissão comunitária” em Oliveira do Hospital.

Texto: Folha do Centro