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Cruz de Celas em Coimbra vai ter nova praça

O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai analisar e votar, na sua reunião da próxima segunda-feira, um anteprojeto que prevê a construção de uma praça arborizada no Largo da Cruz de Celas.

A intervenção enquadra-se no projeto Caminho Pedonal Cruz de Celas – Baixa, que engloba o Largo da Cruz de Celas, a Rua Augusto Rocha e a Rua Lourenço de Almeida Azevedo. Em fase de anteprojeto, calcula-se que a intervenção nestes três locais tenha um custo de 693.240 euros.

Trata-se de uma empreitada incluída no Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS) do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Coimbra.

O Largo da Cruz de Celas é uma das centralidades de Coimbra, afluindo a este local, diariamente, um elevado número de pessoas graças à diversidade de serviços, comércio e de habitações ali existentes.

“É igualmente um importante nó de circulação viária, funcionando, nomeadamente, como ponto de ligação entre o centro da cidade e hospitais e percurso de saída da cidade. Urge revitalizar este espaço, atualmente com uma imagem desgastada e falta de qualidade urbana e paisagística”, revela a autarquia.

Segundo a edilidade “torna-se, portanto, necessário beneficiar as condições de circulação pedonal e viária, melhorando a “leitura” do local, dignificando a envolvente ao Cruzeiro de Celas, e reforçando a presença de árvores de modo a reduzir a ilha de calor urbana e requalificar este Largo”.

A intervenção proposta procura eliminar o seccionamento do largo, através da definição de uma plataforma/praça central, em torno da qual se faz a circulação viária.

O espaço dedicado ao peão é aumentado significativamente, eliminando estrangulamentos aqui existentes, nomeadamente no passeio poente da Alameda Calouste Gulbenkian e em frente ao edifício do Instituto Miguel Torga, onde as respetivas larguras serão aumentadas para mais do dobro.

O espaço central será largamente permeável e plantado com árvores, dando protagonismo aos elementos vegetais que até aqui estão limitados à demarcação de separadores centrais existentes entre faixas de circulação.

Conforme se pode ler na informação que será distribuída aos membros do executivo, “a presença de verde no espaço urbano tem um efeito calmante e reconfortante e induz sensações de frescura e conforto a quem dele está próximo, levando à redução de níveis de stresse nos cidadãos. Mais ainda, a sombra produzida, a fixação de poluentes em suspensão no ar e a absorção de água pluvial pelas raízes fazem das árvores em espaço urbano um elemento imprescindível para a promoção da qualidade ambiental”.

Esta restruturação prevê, ainda, a substituição dos contentores de resíduos sólidos urbanos de 800 Lt. e os Ecopontos por contentores enterrados de grande capacidade. Tendo em conta a alteração do esquema de circulação viária, torna-se necessário ajustar a rede de tração e a rede de iluminação pública à nova configuração da via.

Vão ser colocadas lajetas de calcário e calçadinha de vidraço em passeios, com lancis de granito. Sempre que oportuno, serão colocados bancos de modo a permitir o descanso de quem espera ou observa a movimentação de pessoas e veículos que caracteriza este local.