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Destruídos 324 ninhos de vespa asiática em 2019 no concelho de Arganil

Foram destruídos no concelho de Arganil 324 ninhos de vespa velutina, vulgarmente conhecida como vespa asiática, entre janeiro e dezembro de 2019.

“Face ao crescente número de situações registado nos últimos anos, a autarquia intensificou o combate à vespa asiática, garantindo uma resposta às situações sinalizadas pelos munícipes um pouco por todo o concelho”, adianta hoje a autarquia em comunicado

Depois do primeiro caso no concelho ter sido sinalizado em 2016, o Município de Arganil “procedeu à eliminação de 17 ninhos de vespa asiática em 2017 e de 104 em 2018”.

Em 2019, a somar aos 324 ninhos desta espécie invasora predadora das abelhas, foram destruídos 146 de vespa crabro, também conhecida como vespa europeia, onde se verificou existir risco para a população.

“Este é um problema que tem merecido total atenção e empenho por parte autarquia, por representar uma forte ameaça ao setor da apicultura e à produção do mel, assim como à segurança das pessoas”, frisou Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil, informando que “a autarquia destinou cerca de 25 mil euros à eliminação dos cerca de 330 ninhos de vespa asiática sinalizados no concelho só durante o ano passado”.

As freguesias com mais casos detetados foram Arganil (54) e Benfeita (46), seguindo-se São Martinho da Cortiça (43), Cepos e Teixeira (40), Pombeiro da Beira (39) e Pomares (37). Abaixo dos 30 casos reportados encontram-se a Freguesia de Folques e a União de Freguesias de Côja e Barril de Alva, com um total de 24, assim como a Cerdeira e Moura da Serra (15), Celavisa (14), Sarzedo (13), Vila Cova de Alva e Anseriz (8), Piódão (5) e Secarias (5).

Em linha de conta com o Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina, desenvolvido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, o objetivo da autarquia em 2020 passa por manter o combate à disseminação desta espécie, reforçando o controlo e prevenindo o aparecimento de novos ninhos.

Os munícipes “têm tido um papel determinante na eliminação desta praga, identificando e comunicando com rapidez cada nova ocorrência, mas sentimos que ainda há alguma desinformação sobre esta espécie e, sobretudo, sobre a forma correta de agir”, apontou Luís Paulo Costa, sublinhando a importância de promover “medidas de segurança para evitar colocar em risco as populações”. Reconhecer devidamente a espécie, alertar os apicultores e a população em geral para os perigos associados a esta espécie invasora, os cuidados a ter e como construir armadilhas para capturar as vespas são alguns dos temas a abordar durante as sessões.

A título de curiosidade, a introdução involuntária da vespa asiática na Europa ocorreu em 2004, em território francês, tendo a sua presença sido confirmada em Portugal em 2011. Na época da primavera constroem ninhos de grandes dimensões, preferencialmente em pontos altos e isolados. Esta espécie distingue-se da espécie europeia pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática).