A empresa de confeções IRSIL – Irmãos Silva, fundada há 60 anos, em Oliveira do Hospital, vai pedir a insolvência e fechar as portas.
Mais de 180 trabalhadores vão para o desemprego.
A decisão foi comunicado ao inicio da noite de hoje, pelo empresário Carlos Silva, por mensagem a todos os trabalhadores.
Na mensagem a que a CentroTV teve acesso, o empresário, filho de um dos fundadores da empresa, diz que “depois de ter esgotado todas as possibilidades de conseguir encomendas que pudessem sustentar a laboração nos próximos dois meses, lamentavelmente não foi possível”.
Acrescentando que levou “as negociações até ao limite do que era razoável, mas infelizmente não foi possível”.
Carlos Silva diz ainda que “perante este facto e analisando as perspetivas do mercado no futuro próximo, tendo em conta as condições financeiras da empresa não vejo possibilidade de continuidade”.
Adiantando que desta forma a administração “tomou a decisão mais difícil dos seus 60 anos, que é apresentar-se à insolvência”.
A CentroTV confirmou esta informação junto de funcionários da empresa.
Também a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios e Vestuário do Centro, Fátima Carvalho, confirmou este situação à CentroTV. “Os trabalhadores foram para layoff e só receberam ainda 90 por cento do mês de março, através do layoff, e falta receberem também o mês de fevereiro que estava em atraso”, revela a sindicalista.
“Os trabalhadores deveriam ter sido tratados com mais dignidade”, frisa Fátima Carvalho.
Segundo a sindicalista a empresa “deveria ter tido uma morte mais digna”, revelando que vai agora reunir com os trabalhadores para saber que posição irão tomar.
Fundada pelos irmãos Fernando, José e Pedro Silva, este último saiu da empresa no inicio dos anos 1990, tendo fundado uma empresa do mesmo sector, que acabou também por encerrar mais tarde, a IRSIL contava, há vários anos, com o apoio da “segunda geração” da família, nomeadamente os filhos dos empresários José Maria e Carlos Silva.
A CentroTV tentou entrar em contato com a administração da empresa, mas até ao momento ainda não foi possível.