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Empresa têxtil da Guarda despede 75 trabalhadores

A empresa têxtil Tavares anunciou, em comunicado, que irá avançar com um despedimento coletivo que poderá afetar até 75 trabalhadores. A decisão surge, segundo o administrador Pedro Tavares, na sequência do “encerramento forçado” do lavadouro, após o tamponamento de um coletor no rio, medida aprovada por unanimidade em reunião da Câmara da Guarda, em janeiro deste ano.

Pedro Tavares, administrador da empresa, afirma que a decisão de encerrar o lavadouro partiu exclusivamente da autarquia, contrariando a versão divulgada na altura, que atribuía a medida a uma ordem judicial. O responsável salienta ainda que o encerramento acarreta “graves consequências ambientais e económicas” para a região.

Em resposta, Sérgio Costa, presidente da Câmara da Guarda, recorda que a decisão foi tomada há cerca de um ano, por unanimidade do executivo municipal, e lamenta que a empresa não tenha procurado junto da autarquia uma solução alternativa. O autarca sublinha que tanto empresas como particulares estão obrigados a cumprir as normas relativas ao tratamento de águas residuais e ao cumprimento da legislação ambiental.

Segundo Sérgio Costa, a medida de tamponamento foi executada em cumprimento de uma deliberação do Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu.

O presidente da câmara mostra-se ainda surpreendido com o momento da divulgação da notícia, em plena campanha eleitoral, insinuando que o tema possa estar a ser usado com fins político-partidários.