Foi instalada na rotunda da Avenida Fernão Magalhães em Coimbra a escultura da princesa Cindazunda.
“Uma escultura que é alusiva à mulher, antes de mais. As mulheres em Coimbra têm desempenhado papéis notáveis e uma delas de que há lenda relativamente documentada é a Cindazunda, que é o símbolo de mulher que está no brasão da cidade”, explicou o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, em declarações aos jornalistas.
O autarca considera que a obra do escultor Pedro Figueiredo homenageia a mulher de Coimbra, nomeadamente, “o trabalho notável que fez Cindazunda, a Rainha Santa Isabel, Inês de Castro ou Judite Mendes de Abreu [antiga presidente da CMC], pessoas que deixaram marcas relevantes na nossa cidade”.
Conta a lenda que Hermenerico perdeu a batalha contra Ataces. No seguimento dessas pelejas, a filha de Hermenerico, Cindazunda, que era belíssima, foi oferecida em casamento a Ataces como garante de paz. E a partir daí Coimbra pacificou-se e os povos desavindos passaram a conviver.
“É uma característica marcante de Coimbra: sítio de encontro de culturas, de povos, de religiões, acolhidos ao longo dos séculos de forma pacífica”, destaca Manuel Machado. A seu lado estiveram alguns populares interessados em conhecer a nova escultura, bem como os vereadores Carlos Cidade e Carina Gomes.
Sobre a obra efetuada no Largo do Arnado, o autarca resume: “Transformámos um antigo entroncamento da Nacional N.º 1 numa praça.”
Na sua opinião, trata-se de “requalificação do espaço público, de tornar mais agradável uma entrada de Coimbra que dá acesso a uma zona classificada como Património Mundial da Humanidade. A requalificação urbana também passa por isto. É para requalificar Coimbra e é isso que estamos a fazer. E esta escultura alusiva à mulher é uma ideia de decoração do espaço público com sentido útil”.
A construção da Praça do Arnado, com um custo que ronda 600 mil euros, é financiada por fundos comunitários. Nesta altura, falta concluir o acesso ao Terreiro da Erva e abrir uma ligação da Rua do Arnado à Av. Cidade Aeminium.
Manuel Machado explicou que esta não se pode abrir de imediato, uma vez que se enquadra na área técnica de Coimbra A, sendo difícil de conciliar a circulação ferroviária com rodoviária. Nesse sentido, a CMC foi recentemente autorizada, pela Infraestruturas de Portugal, a abrir uma ligação rodoviária entre as avenidas Fernão Magalhães e Cidade Aeminium através da Rua Padre Estêvão Cabral.