Miguel Macedo foi uma das principais baixas do executivo de Passos Coelho, depois de se ter demitido por sentir a sua “autoridade política diminuída” na sequência do caso dos “Vistos Gold”.
Agora, o ex-ministro, cuja saída voluntária do Governo mereceu elogios inclusive da oposição, volta a ser falado porque o seu nome surge na investigação.
O Diário de Notícias realça hoje que o agora deputado social-democrata, que disse publicamente que não tinha nada a ver com o assunto, não é arguido mas é indicado como suspeito de crime de prevaricação de titular de cargo público – uma informação que o jornal i já adiantara.
Em causa estará a sua alegada intervenção com o intuito de favorecer um ex-sócio e arguido no processo.
Se a intenção do Ministério Público for constituir o antigo responsável pela pasta da Administração Interna como arguido para o ouvir, terá de ser feito um pedido de levantamento da imunidade parlamentar. Neste caso, há uma empresa que surge em destaque: trata-se da Inteligent Life Solutions.
A investigação em curso está a debruçar-se sobre a possibilidade de esta empresa ter conseguido, com a ajuda do ex-ministro, desbloquear a emissão de vistos para trazer doentes líbios para Portugal.
Curiosamente, esta empresa surge já referida no âmbito de outro processo com contornos mediáticos: a Operação Marquês, a mesma que levou à detenção de José Sócrates. No processo que envolve o ex-primeiro-ministro, a Inteligent Life Solutions surge referida como tendo feito, com o empresário Carlos Santos Silva, um contrato de prestação de serviços a uma empresa do grupo Lena.
O contrato em causa terá permitido assegurar uma das remunerações de José Sócrates.
O antigo ministro ainda não reagiu publicamente ao caso mas, segundo o Diário de Notícias, diz estar tranquilo em relação às sua conduta e disponível para prestar todos os esclarecimentos.
Fonte: Noticias Minuto