O poeta Carlos Carranca, faleceu hoje, em Lisboa, devido a doença prolongada, com 61 anos.
Carlos Carranca nasceu na Figueira da Foz a 9 de Novembro de 1957.
Foi professor do ensino superior, poeta, ensaísta e declamador. Licenciado em História e doutorado em Língua e Cultura Portuguesa pela U.A.L., exerce docência na Escola Superior de Educação Almeida Garrett, Universidade Lusófona como professor associado convidado e na Escola Profissional de Teatro de Cascais.
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Foi também presidente da Sociedade da Língua Portuguesa, assessor cultural da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa, director adjunto do jornal mensal Artes & Artes, assim como sócio fundador do Círculo Cultural Miguel Torga.
Ainda foi igualmente director do Centro de Estudos da Lusofonia Agostinho da Silva e da Biblioteca da ESE Almeida Garrett.
O poeta foi agraciado no ano de 2001 com a medalha de Mérito Cultural do Município de Cascais.
Autor profundamente arreigado à sua terra de adopção, Coimbra, onde viveu e estudou durante a infância e juventude, é reconhecidamente uma das referências do chamado “Fado de Coimbra” como autor e intérprete..
Na opinião de Urbano Tavares Rodrigues, Carlos Carranca é “(….) um D. Quixote que se revela contra a mesquinhez do mundo e cavalga, à procura de si, de um sentido, de um segredo, de um sinal.”
É autor de: Torga o português do mundo 8 1988); Miguel Torga e a África Portuguesa ( 1995); Torga, o bicho religioso (2000); A Nostalgia de Deus ou a Palavra Perdida em Miguel Torga (2001); O Sentimento religioso em Torga e Unamuno (2007);O Portugal dos Políticos no Diário XVI de Miguel Torga (2007); Tempos de Aprendizagem na Vida e Obra de Miguel Torga (2011).
Carlos Alberto Carranca de Oliveira e Sousa, era também apaixonado pela Académica, sendo sócio 266 da Associação Académica de Coimbra/OAF. Era, actualmente, membro do Conselho Académico.
Com uma ligação muito forte à Briosa, foi o autor do livro “Académica Sempre – A poética do Futebol”. Estudioso das tradições populares e académicas de Coimbra, foi como poeta que se tornou conhecido, com três livros ligados à temática coimbrã: “Serenata Nuclear”, “7 Poemas para Carlos Paredes” e “Coimbra à Guitarra”.
“Sócio da Académica há 49 anos, deixa-nos um forte exemplo de amor pela Briosa e dedicação à nossa Causa”, adianta a Académica em comunicado.