CentroTV

Festa de Santo Agostinho Padroeiro principal da Diocese de Coimbra

No próximo dia 28 de agosto, o Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, preside às comemorações do dia do Padroeiro Principal da Diocese de Coimbra – Santo Agostinho.

O programa celebrativo tem início às 18:00 com Eucaristia solene na Igreja de Santa Cruz, diante da Relíquia de Santo Agostinho, exposta propositadamente para veneração dos fiéis. À noite, pelas 21h15, a Igreja de Santa Cruz acolhe a “Cantata a Santo Agostinho”, da autoria do Pe. António Cartageno, uma peça com textos autobiográficos de Santo Agostinho, composta para solista, coro e orquestra. Os eventos serão transmitidos em direto nas redes sociais do Jubileu 2020 e da Diocese de Coimbra.

Será uma ocasião para louvar as maravilhas que Deus fez em Santo Agostinho, o “cantor da sede de Deus” que a Diocese de Coimbra tem como particular modelo de caridade pastoral e intercessor.

Santo Agostinho nasceu em Tagaste (norte de África) no ano 354. Depois de uma juventude perturbada, intelectual e moralmente, converteu-se à fé e foi baptizado, em Milão, por Santo Ambrósio no ano 387. Voltou à sua pátria e aí desenvolveu uma extraordinária missão. Eleito bispo de Hipona, durante trinta e quatro anos foi um modelo perfeito para o seu rebanho, promovendo uma sólida formação cristã por meio de numerosos sermões e escritos, com os quais combateu fortemente os erros do seu tempo e ilustrou sabiamente a fé católica, o que lhe valeu ser considerado “Doutor da Igreja”. Morreu no ano 430.

Recorde-se que foi precisamente a “Regra de Santo Agostinho” que alimentou a espiritualidade e norteou a acção dos Cónegos Regrantes de Santa Cruz de Coimbra, uma das razões cimeiras para que a Diocese conimbrincense tenha eleito Santo Agostinho como seu Padroeiro Principal.

Coimbra celebra, ao longo deste ano, o Jubileu de Santo António e dos Mártires de Marrocos, convocado pelo Papa Francisco por solicitação de D. Virgílio Antunes.

Recorde-se que, Santo António nasceu em Lisboa entre 1191 e 1195, foi batizado com o nome de Fernando de Bulhões e, ainda muito jovem, partiu para Coimbra. Nesta cidade, seguindo a Regra de Santo Agostinho no Mosteiro de Santa Cruz, formou-se ao mais alto nível nas ciências sagradas e tornou-se um dos homens mais cultos do seu tempo, pelo que viria mais tarde a ser consagrado como um dos poucos Doutores da Igreja.

O martírio em Marrocos dos cinco frades franciscanos enviados por S. Francisco de Assis e a chegada a Coimbra das suas relíquias, que permanecem na Igreja de Santa Cruz, fizeram despertar definitivamente a vocação franciscana do jovem padre Fernando de Bulhões. Inspirado pelo exemplo missionário dos Mártires de Marrocos, decidiu mudar de cónego regrante para franciscano, partindo de Santa Cruz para o eremitério de Santo António dos Olivais e assumindo o nome de António, em homenagem a Santo Antão. Foi como franciscano que partiu de Coimbra para o Mundo, numa missão que o tornará num dos Santos mais notáveis da cristandade.