O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê para as próximas 72 horas um agravamento das condições meteorológicas (chuva e vento forte).
Segundo o IPMA haverá períodos de chuva persistente, por vezes forte, a partir do final da tarde de amanhã, sábado, 31 de dezembro, no Minho e Douro Litoral, estendendo-se ao restante Norte e ao Centro a partir da madrugada de domingo, dia 1 de janeiro.
Vento sul/sudoeste mais intenso no litoral a norte do Cabo Raso e terras altas do Norte e Centro, com rajadas até 85 km/h e 90 km/h respetivamente.
Está ainda prevista a queda de neve acima de 1500 metros de altitude (nas serras do extremo norte e na Serra da Estrela) no dia 1 de janeiro, assim como agitação marítima na costa ocidental com ondas de oeste/sudoeste até 4,5 metros entre o início do dia de sábado e o fim da tarde de domingo.
De acordo com a informação disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis: amanhã (sábado), 31 de dezembro, a Bacia hidrográfica do Lima: as afluências a Ponte da Barca irão aumentar face à necessidade de criar encaixe na albufeira de Alto Lindoso; também a bacia hidrográfica do Cávado: os caudais do rio Homem e do Cávado a jusante da Caniçada irão manter-se elevados.
No domingo, 1 de dezembro em causa está a bacia Hidrográfica do Minho: as afluências no rio poderão aumentar significativamente, podendo ocorrer inundações em Caminha, Monção e Valença; bem como a bacia hidrográfica do Lima: as afluências na sub-bacia do rio Vez poderão aumentar significativamente, provocando inundações nas povoações ribeirinhas em risco.as afluências a Ponte da Barca e Ponte de Lima irão aumentar podendo causar inundações e ainda a Bacia hidrográfica do Cávado: os caudais do rio Homem e do Cávado a jusante da Caniçada poderão aumentar significativamente.
As afluências no rio Este e Cávado (Braga) poderão provocar inundações. Poderão ocorrer inundações em Braga (Cávado), no rio Este (Braga) e Barcelos; bacia hidrográfica do Ave: caso ocorreram as precipitações previstas poderá haver um aumento significativo de caudais (Santo Tirso); − Bacia hidrográfica do Douro: as afluências a Crestuma irão ser elevadas, face ao aumento de caudais do Tâmega. No Rio Sousa (Paredes) poderá ocorrer um aumento significativo das afluências.
Haverá um aumento das afluências à foz do Douro que poderá ser agravado com a maré; Bacia hidrográfica do Vouga: poderá ocorrer uma subida do rio Águeda, caso se verifiquem as precipitações previstas. No Vouga poderá ocorrer um aumento de afluências a S. Pedro do Sul; − Bacia hidrográfica do Mondego: as afluências ao baixo Mondego poderão aumentar significativamente; Bacia hidrográfica do Tejo: na sub-bacia do Nabão (Tomar) as afluências poderão aumentar. As afluências à cascata do Zêzere poderão aumentar significativamente.
Face a estas previsões, poderão ocorrer inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; − Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
Haverá ainda instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo; arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública e piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recomenda à população a tomada das necessárias medidas de prevenção, nomeadamente: garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas; não se expor às zonas afetadas pelas cheias; garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas.
Ter ainda especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte; ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais.
A ANEPC diz também que deve adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias; não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas; não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima e estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.