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Foi inaugurado o Templo Universalista em Miranda do Corvo

Foi hoje inaugurado o Templo Ecuménico Universalista, em Miranda do Corvo.

Este dia 11 de setembro foi escolhido como “data simbólica, de homenagem, não só às vítimas dos ataques de 2001 em Nova Iorque, mas, a todas as vítimas de fundamentalismos e fanatismos no Mundo, ao longo de milénios”, frisa a Fundação ADFP que construiu o monumento.

A cerimónia de inauguração do templo idealizado por Jaime Ramos, presidente da Fundação ADFP, contou com a presença do ministro-adjunto, Eduardo Cabrita e a Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, para além dos principais líderes e dirigentes nacionais das comunidades religiosas.

O primeiro Templo Ecuménico e Universalista situa-se no topo da montanha do Parque Biológico da Serra da Lousã em Miranda do Corvo, sítio geodésico inativo, na interseção de uma rede de triangulação com outros vértices geodésicos. Em plena área florestal o Templo tem vistas para os concelhos circundantes de Lousã, Vila Nova de Poiares, Penela e Coimbra.

A Fundação ADFP iniciou a construção do primeiro Templo Ecuménico Universalista no Mundo, em 2015, mas o processo foi iniciado a 10 de julho de 2009, dia da primeira reunião do Conselho Geral da Fundação, presidido pelo Padre Daniel Mateus, após a ADFP ter sido reconhecida como de utilidade pública.

À semelhança, do evento de colocação da primeira pedra, precisamente em 11/09/2015, a presença de crianças representando as várias culturas e religiões, é imprescindível, porque representam os valores da igualdade, liberdade e fraternidade necessárias à construção da paz e de um futuro mais próspero.

Jaime Ramos recorda que o Papa Bento XVI e o Papa Francisco defenderam o diálogo interreligioso como sendo importante para a promoção da Paz. O Papa Bento XVI originou, com a sua defesa de um diálogo entre crentes e aberto aos não crentes, a existência de um local no exterior do Templo designado como o Pátio dos Gentios, salienta.

Mais recentemente, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois da tomada de posse, participou numa cerimónia ecuménica, com o objetivo de chamar a atenção para a necessidade de entendimento entre religiões e culturas, numa época em que o terrorismo é um dos temas centrais ao nível internacional, lembra o líder da ADFP.

No Templo vão estar representadas 15 religiões ou perspetivas da visão do fenómeno religioso no Mundo.

Na sua arquitetura existem referências simbólicas ao fenómeno religioso ao longo dos séculos, desde os ateus, positivismo científico e neto-paganismo às três religiões do Livro.

Para Jaime Ramos, o Templo é uma “referência de intervenção, um exemplo a seguir pelas pessoas, entidades e nações, e que terá repercussão sem fronteiras físicas ou ideológicas. Será também um contributo para o desenvolvimento sustentável, que colocará a região de Coimbra no mapa da promoção dos valores humanos e civilizacionais promovendo o diálogo entre religiões e culturas, como forma de cultivar a Paz”.