O bispo da Guarda, D. José Miguel Pereira, que recebeu a ordenação episcopal, este domingo, na Sé daquela cidade, disse aos diocesanos que “chegou a hora” de trabalhar em conjunto, na Igreja e na sociedade
“Querido povo desta nossa Diocese da Guarda: chegou a hora! Vamos, mãos à obra”, referiu na alocução de início do ministério.
A nomeação do sucessor de D. Manuel Felício foi anunciada pelo Vaticano a 20 de dezembro de 2024.
“A nossa querida Igreja da Guarda tomou posse de mim. Sou vosso! Convosco sou cristão, para vós sou bispo”, acrescentou D. José Miguel.
Na Sé da Guarda, lotada, o novo bispo sublinhou que tanto “o entusiasmo do cimo da montanha como o quotidiano da vida no planalto serão os passos” que vão guiar todos como “peregrinos de Esperança”, numa alusão ao Jubileu 2025.
Ao falar sobre a sua vida sacerdotal e a relação com os padres, D. José Miguel Pereira referiu que o clero nunca se deve considerar “uma classe, um estado ou ordem social, uma corporação, uma elite”.
“Não! Nada disso! Não estamos à parte do povo, nós somos povo. Não estamos fora do povo mas no meio do povo”, prosseguiu.
Segundo o responsável católico, tanto a ação social da Igreja como o seu acompanhamento espiritual procuram favorecer “um humanismo integral e concorrer para sociedades mais coesas, solidárias, pacíficas e com alma”.
O novo bispo sublinhou ainda que a Diocese da Guarda “não abre agora com nova gerência”.
“Vós sois portadores de uma herança; vós sois guardadores de um tesouro; vós sois depositários de uma esperança. Por isso não trago um plano de ação para vos apresentar. Vamos construí-lo juntos”, frisou D. José Miguel Pereira.
Aos padres da diocese da Guarda, o prelado disse que “um bispo não existe sozinho” e que “conhecer de ler e ouvir é diferente de conhecer de experiência feita”.
O bispo, ordenado este domingo, na Sé da Guarda, disse contar também com o “dinamismo e inquietação” dos jovens.