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Hospital da Beira em Moçambique reabre cirurgia com apoio de Coimbra

Foi ontem inaugurado o bloco cirúrgico do Hospital Central da Beira, em Moçambique.

A reconstrução teve apoios portugueses, nomeadamente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, que em agosto aprovou uma comparticipação financeira de 100 mil euros exclusivamente para esse fim.

A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, que é geminada com Coimbra desde 1997, foi uma das mais afetadas pelo ciclone Idai, na noite de 14 de março de 2019, que provocou grande destruição e afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas em três países africanos, tendo a área submersa em Moçambique chegado a ser de cerca de 1300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.

A ação de reconstrução do Hospital Central da Beira foi coordenada pela organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD) Health4Moz, com a qual o Município de Coimbra estabeleceu um protocolo de apoio financeiro, que foi assinado no início de setembro pelo presidente da autarquia, Manuel Machado, e a presidente da Health4Moz, Carla Rêgo.

“Depois de identificada a necessidade urgente de reconstrução do Hospital, com o objetivo de reabilitar o edifício e recuperar em definitivo as funções médicas perdidas por aquela unidade durante a catástrofe, priorizando o bloco operatório, face à necessidade de resposta na procura de serviços cirúrgicos, a intervenção foi autorizada pelo Ministério da Saúde do Governo de Moçambique, o que levou de imediato a que a CM Coimbra aprovasse a atribuição de uma comparticipação financeira, no montante de 100 mil euros, para ajudar a realização desta obra na cidade-irmã da Beira. Este Hospital é visto como um dos mais importantes do país depois da capital, Maputo, e como unidade de referência na região Centro onde vivem cerca de nove milhões de pessoas – um terço da população moçambicana”, revela a autarquia em comunicado

A Health4Moz é uma associação sem fins lucrativos de direito português criada há seis anos por um grupo de médicos e professores universitários portugueses em resposta ao repto de colegas moçambicanos, com reconhecido e meritório trabalho de terreno desenvolvido em Moçambique e na cidade da Beira, onde se encontra envolvida em trabalhos e projetos de assistência humanitária nas áreas da saúde, incluindo ações de formação, assistência médica, medicamentosa e alimentar e capacitação do pessoal médico local.