O presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), António Laranjo, apresentou, esta manhã, no Salão Nobre dos Paços do Município de Coimbra, o estudo prévio do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) para os troços “Portagem – Alto de S. João” e “Coimbra B – Portagem” e avançou que as obras estarão concluídas em meados de 2021, para que a nova rede pública de transportes possa funcionar em pleno em 2022.
O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Manuel Machado, destacou que o SMM “só foi aceite, pela primeira vez, para financiamento comunitário com a recente reprogramação do Portugal 2020 e que agora está, finalmente, a ser cumprido o planeado e idealizado”. O autarca apelou, também, a uma decisão urgente do Governo para a conclusão da obra da Via Central.
A sessão de apresentação dos troços “Portagem – Alto de S. João” e “Coimbra B – Portagem” do SMM decorreu com o Salão Nobre lotado. Manuel Machado salientou, com satisfação, o cumprimento dos prazos apresentados e que “em 25 anos do Metro Mondego” finalmente está a ser cumprido o planeado e idealizado.
O autarca socialista, que é também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, enalteceu o “trabalho técnico, fundamentado e articulado” em que a IP tem envolvido as autarquias de Coimbra, de Miranda do Corvo e da Lousã.
Já António Laranjo começou por apresentar, na generalidade, o projeto do SMM, “um sistema de transporte rodoviário, que se faz em canal dedicado”, recordando que a rede tem duas linhas, a Linha da Lousã e a Linha do Hospital, 42 quilómetros de extensão e 42 paragens previstas. O investimento na infraestrutura está definido em cerca de 85 milhões de euros, que parte dele, o troço suburbano ou Linha da Lousã, já está em concurso público, e que tudo está a ser realizado dentro dos prazos.
“Assumimos um compromisso, aqui nesta sala, de terminar em 2021 todo este trabalho, para que 2022 fosse o início de funcionamento da totalidade do Sistema de Mobilidade do Mondego”, reforçou António Laranjo.
De seguida, o presidente da IP apresentou as especificidades técnicas de dois troços urbanos, “Portagem – Alto de S. João” e “Coimbra B – Portagem”, que serão em via dupla e canal dedicado, com uma extensão global de 7 km, e que representam um investimento de cerca de 26 milhões de euros, com a garantia de comparticipação comunitária.
António Laranjo informou ainda que relativamente ao troço que passará pelos Hospitais da Universidade de Coimbra estão a ser estudadas várias opções, mas que o fundamental “é servir o maior número de pessoas”, acrescentando que o projeto de execução “deverá estar concluído em outubro deste ano”. Relativamente a Coimbra B, António Laranjo revelou que está prevista uma “requalificação que dê a relevância que esta estação ferroviária merece e que será transformada num importante complexo intermodal”.
No final da cerimónia Manuel Machado “surpreendeu António Laranjo ao reconhecer publicamente, com a entrega de uma medalha simbólica”, o seu “impulso construtivo” ao SMM e pela “prova disponibilidade em partilhar informação relevante sobre o estado da arte de um dos projetos mais desafiantes e antigos da cidade de Coimbra”.