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Iniciativa Liberal preocupada com aumento generalizado de viseenses sem médico de família

É com especial preocupação que a Iniciativa Liberal (iL) Viseu acompanha o aumento generalizado de viseenses sem médico de família, pelo que o Núcleo Territorial de Viseu da Iniciativa Liberal emite este comunicado apelando à sua divulgação, frisa em nota a IL.

Em toda a área de influência do ACES Dão-Lafões (que compreende 25 unidades funcionais distribuídas por 14 concelhos que vão desde o centro de saúde de Aguiar da Beira ao Centro de Saúde de Santa Comba Dão) “existem cerca de 15.000 utentes sem médico de família, em que a situação mais critica se verifica precisamente no concelho de Viseu com cerca de 10.000 utentes sem médico de família para uma população total de cerca de 99.000 habitantes”, sublinha.

“Assim, tratam-se de cerca de 10% de pessoas e contribuintes do concelho de Viseu aos quais não foi atribuído qualquer médico de família e que se tiverem algum problema de saúde terão que recorrer eventualmente às urgências hospitalares ou ao sector privado para solucionar o seu problema. O cenário torna-se ainda mais preocupante quando se analisa o problema através do conceito de Unidades Ponderadas”, realça.

Segundo a IL o “rácio definido legalmente e recomendado pela OMS é de 1917 Unidades Ponderadas por médico de MGF e em todo o ACES Dão-Lafões, este rácio só é respeitado na USCP de Castro Daire. Viseu apresenta um total de 144 mil unidades ponderadas para um total de 56 médicos de MGF em todo o concelho de Viseu, o que significa que estão em falta 23 médicos de família para se fazer cumprir o recomendado pela OMS”.

A Iniciativa Liberal Viseu, após ter solicitado junto da presidente do Conselho Clínico e de Saúde do ACES Dão-Lafões mais informações relativas à falta de contratação de médicos e profissionais, “foi-nos comunicado que “as necessidades foram devidamente comunicadas à administração central e que apenas foi possível a inclusão de três vagas”. No entanto se se analisarem os concursos para a contratação de médicos de família e profissionais de saúde nas zonas de Lisboa e Vale do Tejo, é possível notar que todas as vagas foram abertas ou até mais do que o pedido”.

O governo e os órgãos de gestão dos serviços de saúde, nomeadamente ao nível do ACES Dão-Lafões, “não apostam na promoção de saúde e prevenção de doença da população das regiões Norte e Centro, missão que tão bem caracteriza os centros de saúde”.

O estado português “não olha para os problemas do país a longo prazo e a alternativa para esta problemática na saúde só pode passar pela abertura de mais vagas para a especialidade e de mais vagas para os concursos públicos ao nível dos centros de saúde”, sublinha ainda IL.

A Iniciativa Liberal Viseu “não admite que em todo o ACES Dão-Lafões tenham aberto apenas 3 vagas para médico de família, sendo que na cidade de Viseu não abriram uma única vaga”.