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Jornadas de Cultura Popular organizadas pelo GEFAC em Coimbra

As Jornadas de Cultura Popular, um dos principais eventos do GEFAC, têm, desde 1979, proporcionado à cidade de Coimbra múltiplos momentos de reflexão sobre a cultura popular, através de diversas atividades.

“Tem sido propósito destas Jornadas promover o encontro de cada cidadão/ã, não só com a sua própria cultura, mas também com a cultura de outros povos – por aproximação e comparação, para conhecimento e divulgação. Para isso, o grupo tem apostado em programas de qualidade, como acreditamos ser o caso daquele que apresentamos para as estas Jornadas, no caso as XVIII: “Festa, Ritos e Gentes”, avança o GEFAC em nota.

A tradição popular “enraíza-se na sociedade sob a forma de festas e romarias, rituais de cariz religioso e social. Também podem marcar o início ou fim de um trabalho agrícola, alinhando-se, desta forma, com a ideia de uma mudança periódica, uma limpeza dos campos”.

Estas ocasiões significaram, ao “longo dos tempos, como o momento onde os laços que ligam a comunidade se fortalecem e a identidade e singularidade das diferentes povoações é reforçada. Todo este conteúdo será explorado e discutido, propomos nós, nos vários eventos das XVIII Jornadas de Cultura Popular do GEFAC”.

Sobre as conversas, a primeira será sobre a repressão da festa durante a ditadura no âmbito das Comemorações do 25 de Abril do Ateneu de Coimbra e a segunda interliga Portugal, a Galiza e o nordeste do Brasil, procurando a festa e a cultura popular como pontos de encontro destas três regiões.

Os espectadores serão convidados a assistir em palco a três distintas expressões de Festa através dos espetáculos: “Como faz a Primavera”, uma estreia da mais recente produção do GEFAC; um concerto de apresentação de “Bem Bonda”, o novo álbum da CRIATURA com a participação do Coro dos Anjos; e “Mestiço Florilégio”, um espectáculo do conceituado artista brasileiro Antônio Nóbrega.

A festa é também uma “atividade lúdica essencial, como escape da rotina e do trabalho, momentos de excepção que são de alegria por excelência. Neste sentido, surge a dança na nossa programação. Nas tricanas de Coimbra, haverá um baile mandado que atravessa o território galaico-português orientado por Mercedes Prieto e Sergio Cobos e também uma oficina de danças tradicionais brasileiras guiada por Rosane Almeida”.

O público mais novo contará com uma sessão de teatro de marionetas, de nome “BZZZOIRA MOIRA”, promovida pela companhia Mandrágora, uma oficina de percussão “Per(c)urtir” da Vânia Couto (Catrapum Catrapeia) e uma tarde de jogos tradicionais promovida pelos Jogos do Hélder.

No mini auditório Salgado Zenha da Associação Académica de Coimbra, será projetada uma sessão de cinema focada nas festas de Inverno da região transmontana.

Ao longo de todo o evento decorrerá, paralelamente, a exposição fotográfica “Rituais do corpo e da Alma” na zona do Quebra Costas, que nos dará a conhecer, através da perspetiva e experiência dos fotógrafos Egídio Santos e Arnaldo Carvalho, vários ritos e festas da Península Ibérica.