A leitura da sentença no Tribunal de Leiria do caso do incêndio de Pedrógão Grande foi interrompida para almoço ficando a restante leitura para a tarde.
Mais de 300 comandantes, elementos de comando e dirigentes associativos dos bombeiros portugueses marcaram, esta manhã, presença na entrada do tribunal para apoiar o comandante Augusto Arnaut dos bombeiros de Pedrógão Grande que é um dos arguidos neste processo.
A Liga dos Bombeiros Portugueses tem prevista para as 17h00 uma conferência de imprensa no quartel dos Sapadores de Leiria.
Além do comandante Augusto Arnaut, estão a conhecer a deliberação do tribunal dois funcionários da antiga EDP Distribuição (atual E-REDES), José Geria e Casimiro Pedro. A linha de média tensão Lousã-Pedrógão, onde ocorreram descargas elétricas que desencadearam os incêndios, era da responsabilidade da empresa.
Três funcionários da Ascendi – José Revés, Ugo Berardinelli e Rogério Mota – estão também a ser julgados. A subconcessão rodoviária do Pinhal Interior, que integrava a Estrada Nacional 236-1, onde se registou a maioria das mortes, estava adjudicada à Ascendi Pinhal Interior.
Os ex-presidentes das Câmaras de Castanheira de Pera e Pedrógão Grande, Fernando Lopes e Valdemar Alves, respetivamente, um antigo vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves, estão também entre os bem como o presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, Jorge Abreu.
O Ministério Público pediu a condenação de nove dos 11 arguidos no julgamento dos incêndios de Pedrógão Grande, deixando de fora Jorge Abreu, presidente da Câmara de Figueiró dos Vinhos, e Casimiro Pedro, da EDP Distribuição, que entende que deve ser julgado de acordo com a prova produzida.