O mágico Luís de Matos vai coordenar a equipa responsável pela candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027.
Uma equipa composta por António Pedro Pita, Cristina Robalo Cordeiro, Luís Filipe Menezes, Manuel Rocha, Nuno Feitas e Rui Rocha, que foi apresentada, esta manhã, no Convento São Francisco, pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), estando também presente a vereadora da Cultura, Carina Gomes. Manuel Machado elogiou a equipa pluridisciplinar e defendeu que esta candidatura deve ter uma “dimensão agregadora regional” e “reunir consensos alargados” em prol de um bem comum.
“A candidatura liderada por Coimbra deve ter uma dimensão agregadora regional, uma vez que um projeto alargado e sustentado desta natureza beneficiará todo o território da região e o país, ao mesmo tempo que sairá valorizado pela ampliação da sua escala e pela junção dos inúmeros atrativos dos municípios vizinhos”, defendeu o presidente da CMC, argumentando que esta deve ser uma candidatura “agregadora e inclusiva” a todos os níveis.
“Esta não será uma candidatura pessoal ou individual, não poderá nunca ceder a caprichos, nem poderá nunca ser uma candidatura eleitoralista ou populista. É uma candidatura que terá de unir e reunir toda a cidade em consensos alargados. É uma candidatura para valorizar Coimbra, a região e o país”, acrescentou Manuel Machado.
O autarca lembrou, ainda, que a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC) já deliberou, no verão passado e por unanimidade, apoiar esta candidatura, e defendeu que esta deve, pois, resultar de um processo “alargado e conjunto”, partilhado entre municípios, instituições locais e regionais, agentes culturais e turísticos e a sociedade civil.
“E se nos interessa ganhar o título para 2027, importa-nos igualmente o caminho que percorremos até lá, agregando e mobilizando energias, gentes e ideias, agitando a nossa cidade e a nossa região, aumentando a autoestima dos conimbricenses”, destacou.
Manuel Machado referiu também que é importante pensar nos anos seguintes e não apenas em 2027, salientando que “não pretendemos inscrever a Coimbra Capital Europeia da Cultura num movimento de eventos efémeros que pouco ou nada deixam de valor enraizado nos territórios”.
“Depois da festa, queremos que a Capital Europeia da Cultura fomente resultados visíveis e efeitos positivos para o futuro cultural de Coimbra, para a produção, a criação e a programação cultural, bem como para os públicos e os hábitos culturais da comunidade”, salientou o presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
O coordenador da equipa responsável pela candidatura sublinhou também a característica “inclusiva” da mesma, referindo que serão feitas consultas públicas “à procura de ideias” junto das instituições culturais da cidade e da região, e que será dado a conhecer, com periodicidade, o trabalho que está a ser realizado.
Luís de Matos defendeu, mais do que uma vez, que neste momento o fundamental é “criar união” em torno da candidatura, que deverá estar concluída, referiu, “aproximadamente daqui a um ano”, em 2019.
O que se pretende agora, sublinhou, é “que todos se juntem a nós”.
“O que pedimos a cada um de vós aqui presentes é que tragam mais cinco”, concluiu o mágico, numa referência à conhecida música de José Afonso.
“À vitória só chegaremos com o entusiasmo de todos. Sem agendas de província ou a arrogância de quem tudo sabe. A Capital Europeia da Cultura 2027 será o resultado de todos nós. O reflexo de sonhos e inquietudes que a todos já ocorreram. Este é o momento de passar à prática e vencer”, concluiu Luís de Matos.
Esta equipa é composta, pois, para além do presidente da CMC, Manuel Machado, e da vereadora da Cultura da CMC, Carina Gomes, pelo seu coordenador, o mágico Luís de Matos, e pelo professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC) e antigo diretor regional da Cultura do Centro, António Pedro Pita, pela professora catedrática da Faculdade de Letras da UC, atual coordenadora do Plano Nacional de Leitura para o Ensino Superior e antiga vice-reitora da UC, Cristina Robalo Cordeiro, pelo professor catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC e vice-reitor da UC para a área do Turismo, Luís Filipe Menezes, pelo antigo diretor do Conservatório de Música de Coimbra, Manuel Rocha, pelo médico e membro da Assembleia Municipal de Coimbra, Nuno Freitas, e pelo economista e ex-autarca de Ansião, Rui Rocha.
Uma equipa pluridisciplinar, que vai elaborar a candidatura de Coimbra ao maior evento cultural da Europa criado pela Comissão Europeia, a Capital Europeia da Cultura. Recordamos que, entre as 58 cidades que já acolheram o evento, se encontram as mais importantes do panorama europeu – Atenas, Florença, Amesterdão, Berlim, Paris, Glasgow, Dublin, Madrid, Copenhaga, Estocolmo, Bruxelas, Praga, Istambul, Liverpool, Marselha – e, ainda, que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura em 1994, o Porto, em 2001 e, Guimarães, em 2012.