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MAAVIM processa Estado por falta de apoio às vítimas dos incêndios de 2017

O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) intrepôs um processo judicial contra o Estado por falta de apoio às vítimas dos incêndios florestais de 15 de outubro de 2017.“

“As vítimas não são pedintes, são cidadãos que foram lesados por um Estado que não foi capaz de prevenir o fogo, não foi capaz de as proteger do fogo e que agora não quer compensá-las pelas perdas que sofreram”, adianta o MAAVIM, com sede em Midões, concelho de Tábua.

Revelando ainda que “existem dezenas de empresas que nunca foram ajudadas”, e que “centenas de famílias continuam sem a sua habitação”.

Para aquele movimento existem ainda “milhares de pessoas que não tiveram apoio nas suas perdas agrícolas e florestais”, e os milhões que foram anunciados, 2nunca chegaram a muita da população afetada”.

“Continuamos sem ter culpados. Nós não somos culpados, somos vítimas”, frisa o MAAVIM.

“O Governo nada fez pela prevenção dos incêndios, nem sequer nas suas propriedades, como o Pinhal de Leiria, e falhou completamente no combate, deixando as populações abandonadas a si próprias”, acusa o MAAVIM.

Para o movimento, o Governo, “em vez de compensar estas falhas gravíssimas com apoios rápidos e eficazes, respondeu com programas burocráticos e mal concebidos, que deixaram as vítimas à mercê da solidariedade alheia, que felizmente não faltou, ao contrário dos apoios públicos”.

Os incêndios que eclodiram em Pedrógão Grande e na Lousã, distritos de Leiria e Coimbra, nos dias 17 de junho e 15 de outubro de 2017, respetivamente, provocaram a morte a 116 pessoas, devastaram extensas áreas de floresta e mataram milhares de animais domésticos e selvagens.

Na totalidade, nos dois momentos, foram ainda destruídas diversas infraestruturas públicas, mais de 2.000 casas, grande parte de primeira habitação, e centenas de empresas.