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Machado garante abertura do Centro de Convenções na Primavera

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) garantiu, hoje que o Centro de Convenções do Convento de S. Francisco irá abrir na Primavera.

Manuel Machado defendeu também que é preciso encontrar o melhor modelo de gestão para o Convento de S. Francisco.

“A Lei do Orçamento de Estado acaba de acolher uma alínea de aperfeiçoamento à lei 50, das Empresas Municipais (EM), que permite um tratamento específico e ajustado às EM que se ocupem de atividades culturais. Essa alteração vem trazer uma oportunidade que não deixaremos de analisar e, se for vantajosa, de aproveitar”, avançou Manuel Machado, aos jornalistas, no final da visita da secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal, ao Convento de S. Francisco.

Encantada com o espaço, Isabel Botelho Leal destacou a “ligação entre o património arquitetónico histórico e a sua utilização contemporânea” e concluiu: “Este é um desafio muito interessante para a cidade e estamos cá para apoiar.”

A visita contou ainda com a presença, entre outros, da vereadora da Cultura da CMC, Carina Gomes, da Diretora Regional de Cultura do Centro, Celeste Amaro, e da diretora da companhia O Teatrão, Isabel Craveiro.

A data de abertura do Convento de S. Francisco foi a pergunta mais repetida na conversa que os jornalistas tiveram com o presidente da CMC. Manuel Machado garantiu que as portas do equipamento vão abrir na primavera, com uma “festa de celebração”, mas recordou aos jornalistas que, até lá, “ainda há coisas por resolver”.

Uma delas, que está a merecer a maior atenção por parte do autarca, é escolher o melhor modelo de gestão para o espaço.

Manuel Machado mencionou a alteração à lei 50 e a sua importância para a decisão sobre o modelo a adotar.

“São poucas palavras, mas de grande significado, porque uma das questões que temos por resolver é encontrar um modelo de gestão compatível com a lei e com a operacionalidade e a dinâmica deste espaço. Ora, essa alteração vem trazer uma oportunidade que não deixaremos de analisar e, se for vantajosa, de aproveitar”, defendeu o presidente da CMC.

Outro dos assuntos abordados no final da visita foi o de uma possível candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura daqui a dez anos, em 2026. Instado pelos jornalistas, Manuel Machado considerou “prematuro” qualquer anúncio de intenção nesta altura.

“Iremos acompanhar atentamente o desenvolvimento desse processo. Neste momento ainda é prematuro estarmos a fazer aquilo que às vezes se faz erradamente, que é assumirem-se contratos e compromissos sem se avaliarem todas as suas implicações. A Cultura, tal como outras atividades humanas, deve ser cuidadosamente acompanhada, acarinhada, apoiada e promovida”, argumentou.

O autarca optou por se focar na importância do Convento de S. Francisco para “Coimbra, para a região, para o país e mesmo para a Península Ibérica” e salientou as características e as potencialidades do espaço, defendendo, contudo, que é necessário “saber aproveitá-las”.

“Não queremos que este equipamento seja um eucalipto, que seque os outros equipamentos culturais que temos em Coimbra e na região. Queremos que seja uma alavanca, que atraia mais realizações, mais iniciativas, mais visitantes e é assim que será plenamente valorizado”, argumentou.

Manuel Machado adiantou aos jornalistas que o investimento no Convento de S. Francisco já ascende a 40 milhões de euros, mas lembrou que “ainda será preciso mais e esperamos mais”.

O presidente da CMC explicou que apenas o edifício novo teve apoio de fundos comunitários do Programa Operacional Valorização do Território (POVT), na ordem dos 85%, sendo que “as obras de intervenção na igreja, no parque de estacionamento e equipamentos complementares” não têm qualquer apoio.

“Estamos à espera que, agora, o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, que tem estes avisos recentemente anunciados, possa acolher a candidatura a financiamento por parte da Câmara”, afirmou. Frescos descobertos na igreja estão a ser recuperado.

O presidente da CMC revelou ainda que foi descoberto recentemente um conjunto de frescos na igreja de S. Francisco (para além dos que já eram conhecidos), que se encontram a ser recuperados.

“Encontrou-se um conjunto de pinturas, de frescos, que não sabíamos que existia e as pinturas estão a ser restauradas”, adiantou Manuel Machado, concluindo: “Como se recordarão, assumi um compromisso nesta intervenção, de que tudo o que tiver referências a património pré-existente que seja relevante, incluindo a religiosidade que aqui foi praticada, será respeitado e preservado.”