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Manuel Castelo Branco candidata-se à presidência do Politécnico de Coimbra

O ex-presidente do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) é candidato à presidência do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC).

Manuel Castelo Branco, que presidiu ao ISCAC entre 2010 e 2018, acusa o actual presidente do IPC, Jorge Conde, de “tirar meios e visibilidade às escolas e institutos para quase duplicar o orçamento da presidência”, situação que pretende reverter se for eleito no sufrágio previsto para Maio.

“a concentração de recursos financeiros na presidência do IPC, que quase duplicou nos últimos quatro anos, constitui um enorme desperdício e, sobretudo, um erro”, adianta em comunicado enviado à CentroTV.

“Chegou-se a esta situação caricata: a presidência do IPC, que não tem um único curso, não tem um único aluno e não presta um único serviço à comunidade, tem um Orçamento maior que algumas das escolas e institutos”, frisa.

Acrescentando que “é nas escolas e institutos – alguns deles centenários – que se concentra o prestígio, a história, a reputação, o valor simbólico e de mercado do ensino superior e da ciência produzida nesta instituição”.

“Uma das minhas primeiras decisões quando assumir a presidência do IPC será optimizar a autonomia e a liberdade de gestão de todas as escolas. Isso irá facilitar imenso o seu trabalho, nomeadamente no que diz respeito a parcerias com empresas ou centros de investigação”, refere.

Pretende ainda iniciar uma aproximação do Politécnico à Universidade de Coimbra, “juntando recursos que melhorem o ensino ministrado e a qualidade da ciência produzida por ambas as instituições”.

“Creio ser o candidato à presidência do Politécnico com mais apetência para estabelecer pontes e criar canais de comunicação entre as escolas e institutos do IPC e as faculdades da Universidade de Coimbra”, salienta.

Na sua opinião a lógica de concorrência e distanciamento da Universidade de Coimbra que marcaram a liderança cessante do IPC “em nada beneficiaram os estudantes das escolas e institutos do Politécnico ou os seus docentes e investigadores”.

“Foi uma estratégia errada para o desafio actual. O único caminho com futuro será as duas grandes organizações de ensino superior público de Coimbra falarem, dialogarem, terem projectos em comum e beneficiarem mutuamente da afirmação dessa marca extraordinária que é ‘Coimbra, cidade do conhecimento’”, frisa.

“É fundamental que os líderes das instituições de ensino superior se afirmem, a nível nacional, como defensores incontornáveis da qualidade do ensino, dos apoios sociais aos estudantes com menos recursos e, também, da possibilidade de produzir ciência e inovação que sejam competitivas mercado global”, sublinha.