A Confederação Nacional de Agricultores (CNA) vai avançar com ações regionais de protesto, incluindo marchas lentas e manifestações, tendo como objetivo a melhoria dos rendimentos no setor, à semelhança do que está a acontecer com os agricultores em França.
A CNA apela a “todos agricultores que se revêm nestas revindicações que se juntem a nós, para que, juntos possamos lutar pelo futuro da nossa agricultura, pelo desenvolvimento do mundo rural e do país”.
A CNA refere em comunicado um “caderno de reclamações com medidas” para serem implementadas pelo futuro Governo.
Apontando a “melhoria dos rendimentos dos agricultores, preços justos à produção, com proibição de que se pague abaixo do custo de produção, e escoamento dos produtos com incentivo aos circuitos curtos de produção”.
Pedem também a regulação do mercado (incluindo os fatores de produção) com medidas que protejam agricultores e consumidores e o fim dos “tratados de livre comércio” e da concorrência desleal do agronegócio internacional com produtos oriundos de países terceiros da União Europeia, que não têm de cumprir as mesmas regras sociais e ambientais.
“A concretização do Estatuto da Agricultura Familiar, a alteração do PEPAC (programa de aplicação da Política Agrícola Comum em Portugal), maior justiça na distribuição das ajudas, definição de limites máximos por exploração, reversão dos cortes nas ajudas dos pequenos e médios agricultores e atribuição das ajudas só a quem produz”, são outras das exigências.