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Mau tempo está de regresso

Foto: D.R.

O mau tempo está de regresso a Portugal nas próximas 48 horas.

De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se nas próximas 48 horas um “agravamento das condições meteorológicas, com precipitação persistente, vento e agitação marítima, salientando-se precipitação persistente e por vezes forte a partir da manhã de segunda-feira (19DEZ) nas regiões Norte e Centro, com o período mais crítico entre as 21h00 e as 06h00 do dia 20 de dezembro, em especial nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto e entre as 00h e as 06h (20DEZ) nos distritos de Vila Real, Viseu, Aveiro e Coimbra, não sendo de excluir precipitação por vezes forte e persistente nos restantes distritos (menos provável na região Sul). Possibilidade de fenómenos convectivos”, revela esta tarde A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

Está ainda previsto vento forte do quadrante sul mais intenso a partir do final da tarde de hoje (18DEZ) no litoral a norte do cabo Raso (<40/45Km/h) e nas terras altas(<45/50Km/h), com rajadas da ordem dos 75 Km/h e 80/90 Km/h respetivamente e agitação marítima forte com ondulação de sudoeste de 4 a 5m na costa ocidental a partir das 03h00 de 19 de dezembro e a manter-se previsivelmente até 03h00 de 20 de dezembro.

De acordo com a informação disponibilizada pela APA, podem ocorrer variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis: − Bacia do Minho – aumento significativo das afluências com impacto na 3.a feira (20DEZ), em especial em Caminha, Monção e Valença; − Bacia do Lima – aumento significativo das afluências com impacto amanhã (19DEZ) e depois (20DEZ), em especial em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima;

− Bacia do Cávado – aumento significativo das afluências e possibilidade de descargas das barragens de Caniçada e Salamonde, com impacto amanhã (19DEZ) e depois (20DEZ) em Braga e Barcelos
− Bacia do Ave – aumento significativo das afluências com impacto 3.afeira (20DEZ), em especial em Santo Tirso;
− Bacia do Douro – aumento significativo das afluências incluindo nas sub-bacias dos rios Tâmega e Sousa, com impacto em especial 3.afeira (20DEZ) em Amarante e Paredes e consequentemente na foz do Douro (podendo agravar com o efeito da maré);
− Bacia do Mondego – aumento significativo das afluências com impacto 3.a feira (20DEZ), incluindo sub-bacias dos rios Ceira e Arunca;
− Bacia do Vouga – aumento significativo das afluências com impacto 3.afeira (20DEZ), em especial em Águeda;
− Nas bacias urbanas e em particular naquelas em que se faça sentir o efeito de maré, não é de excluir a possibilidade de inundações nas zonas historicamente vulneráveis, conjugando o efeito da forte agitação marítima.

Ainda segundo a ANEPC em função das condições meteorológicas presentes e previstas é expectável: ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento; ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras; − Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo.

Podem também ocorrer arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública e piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.