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Ministra da Cultura lamenta morte da atriz Marilia Costa

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte da atriz Marília Costa, aos 70 anos, um nome incontornável do percurso do Teatro Experimental de Cascais.

“Um ano após a fundação da companhia, em 1966, Marília Costa iniciaria aí a sua carreira profissional como atriz, tendo o seu percurso sido feito quase integralmente no TEC. Antes, as suas lides teatrais, num registo ainda amador, começariam na Associação dos Bombeiros Voluntários de Cascais”, refere a ministra em nota.

Entre as peças em que participou, contam-se criações como “A Casa de Bernarda Alba”, de García Lorca, que marcou a sua estreia profissional, “A Maluquinha de Arroios”, “D. Quixote”, “Fuenteovejuna”, entre outras. Marca também a sua presença na interpretação de textos de Miguel Torga, Molière, Witold Gombrowicz ou Claude Prin. Destaca-se ainda, mais recentemente, a sua participação em “Harold e Maude”, de Colin Higgins, apresentada em Cascais em novembro de 1992.

O seu trabalho artístico é ainda indissociável de diversas versões televisivas de peças do TEC, bem como de produções da RTP como “Dona Xepa” (1967) ou “O Corrijidor” (1988).

Marília Costa “dedicou-se de corpo e alma ao ofício de representar, ressaltando sempre a sua “graça popular”, nas palavras do encenador Jorge Silva Melo. Colegas e amigos recordam-na como uma personalidade bem-humorada, afetuosa, atenta aos outros e com grande sentido de humanidade e altruísmo. O seu espírito de companheirismo e entreajuda, em especial junto dos mais novos, eram traços marcantes da sua postura dentro e fora dos palcos”, adianta a concluir a ministra.