A convite da Câmara Municipal, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou hoje o concelho de Seia, onde ficou a conhecer a realidade da saúde local e assinalou o início das obras de requalificação do Centro de Saúde de Seia, um investimento superior a dois milhões de euros.
Na receção, que teve lugar nos Paços do Concelho, o presidente do Município, Luciano Ribeiro, elencou alguns dos principais constrangimentos e dificuldades, com destaque para a falta de médicos, defendendo a criação de uma zona prioritária para a colocação destes profissionais.
O autarca centrou o seu discurso na dinamização do Hospital de Seia, nomeadamente no aproveitamento da capacidade instalada da cirurgia de ambulatório, considerando a existência de equipamento e recursos humanos qualificados,, e no funcionamento do Serviço Básico de Urgência (24 horas), com meios complementares de diagnóstico (TAC e Análise Clínicas), com o propósito de acabar com o vai e vem de ambulâncias entre Seia e a Guarda para a realização de procedimentos simples.
Luciano Ribeiro falou da necessidade de melhoria de algumas especialidades e serviços, como a psiquiatria ou a fisioterapia, recordando a incapacidade do serviço de fisiatria da ULS em acompanhar todos os utentes, o que implica a não distribuição de serviço aos fisioterapeutas do Hospital de Seia, mesmo quando encaminhados por ortopedistas.“Não sonhamos com um hospital central em Seia, mas temos a certeza que o nosso Hospital, sendo uma estrutura pequena, tem condições físicas e humanas para ser mais flexível e contribuir para a dignificação e melhoria dos resultados do SNS”, adiantou.

Após visitar o Hospital, o ministro reconheceu existir “um subaproveitamento da unidade hospitalar, deixando o compromisso de, em articulação com a Unidade Local de Saúde da Guarda e a autarquia, criar respostas e mecanismos no sentido de inverter a situação”.
Manuel Pizarro falando sobre as questões nacionais com os jornalistas disse que o estatuto da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) deverá ser publicado em breve, estimando que tal aconteça dentro “de dias ou de semanas”.

“Está por uma questão de dias ou de semanas, será muito brevemente ultimada essa publicação”, referiu aos jornalistas.
Para que “não haja nenhuma intranquilidade”, o governante esclareceu que, apesar da falta dessa publicação, a direção executiva “está em pleno funcionamento“.
“Os estatutos são necessários e criam melhores condições de organização à direção executiva, mas a sua inexistência não a tem impedido de trabalhar, o que todos têm notado”, frisou.