CentroTV

Morreu Gonçalo Ribeiro Telles com 98 anos

Foto: D.R.

Gonçalo Ribeiro Telles, arquiteto paisagista e figura central do movimento monárquico em Portugal, morreu esta quarta-feira na sua casa de Lisboa, aos 98 anos.

Nascido em Lisboa, a 25 de maio de 1922, Gonçalo Ribeiro Telles foi um dos pioneiros da defesa do ambiente, em Portugal e autor de projetos emblemáticos como os jardins da sede da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto, e que recebeu o Prémio Valmor em 1975.

Em 2013, Gonçalo Ribeiro Telles foi distinguido com o ‘Nobel’ da Arquitetura Paisagista, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, que lhe seria atribuído em Auckland, na Nova Zelândia, pela federação internacional do setor, a Federação Internacional dos Arquitetos Paisagistas (IFLA).

Foi galardoado em 1969 com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em 1988, pelo Presidente Mário Soares, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em 1990, com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Há três anos, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, “em homenagem aos relevantes serviços que prestou ao país e em celebração do seu 95.º aniversário”.

Na altura, o Presidente da República considerou que “Portugal tem uma dívida de gratidão” para com este arquiteto paisagista, fundador do Partido Popular Monárquico (PPM), do qual depois se afastaria, e do Movimento do Partido da Terra (MPT), descrevendo-o como “cidadão corajoso e empenhado, homem de profundas convicções” que se bateu “pela democracia e pela liberdade antes e depois do 25 de Abril de 1974″.