Silvio Berlusconi de 86 anos morreu esta manhã, pelas 9h30, no hospital San Raffaele em Milão.
A sua morte estará relacionada com a leucemia mielomonocítica crónica de que sofria há algum tempo.
Nos últimos cinqüenta anos não houve um dia em que seu nome não fosse citado, na televisão italiana, nos jornais, no parlamento, nos bares, no estádio; “il Berlusca” dividiu a opinião pública como uma maçã. Empreiteiro, magnata da televisão, presidente de Milão e depois de Monza, fundador de um partido chamado Forza Italia, três vezes primeiro-ministro, réu em processos sensacionais. Tudo nele era excessivo, filho do excesso, escreve o jornal italiano La Repubblica.
Foi presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) da Itália entre 1994 e 1995, de 2001 a 2005, entre 2005 e 2006 e de 2008 a 2011.
Berlusconi era o acionista maioritário da Mediaset e foi proprietário do clube de futebol italiano Milan, tendo vendido o clube a um grupo chinês. Foi apelidado de Il Cavaliere (o Cavaleiro).
Em 2013, a revista Forbes classificou-o como o 194º homem mais rico do mundo, com um patrimônio líquido de 6,2 bilhões de dólares.
Berlusconi ocupou o cargo de primeiro-ministro durante nove anos no total, sendo o que por mais tempo (somado) permaneceu no cargo no pós-guerra, e o terceiro com mais tempo desde a unificação da Itália, atrás de Benito Mussolini e Giovanni Giolitti. Ele era o líder do Povo da Liberdade (PdL), um partido de centro-direita que ele fundou em 2009 como um sucessor para o partido Força Itália que ele anteriormente liderou, desde 1993.
Atualmente era deputado do parlamento europeu desde 2 de julho de 2019.