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Morreu o jornalista Soares Rebelo

O jornalista, António Martinho Soares Rebelo, faleceu hoje.

Nascido a dia 4 de fevereiro de 1944, em Canas de Santa Maria, Tondela, distrito de Viseu, Soares Rebelo, como era conhecido, foi chefe da delegação do Diário de Notícias na região Centro, com sede em Coimbra, durante vários anos.

Iniciou a carreira profissional no jornal Comércio de Angola, antes do 25 de Abril de 1974, e chegou a colaborar igualmente com a emissora oficial da antiga colónia portuguesa.

No início dos anos 2000 aceitou o convite para ser diretor-adjunto do Diário As Beiras, cargo que ocupou até 2009, altura em que se reformou.Foi ainda diretor executivo do Jornal do Fundão e da revista C.

A CentroTV apresenta os sentidos condolências à família de Soares Rebelo.

Após a instrução primária, a família mudou-se para Coimbra, onde Soares Rebelo terminou o ensino secundário e ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, mas afastar-se-ia do curso ao ser chamado para a Guerra Colonial.

Foi em Angola que teve o seu primeiro contacto com o jornalismo. No final dos anos 60, Soares Rebelo substituiu um colega na tradução dos textos das agências noticiosas que chegavam ao jornal local.

Após o 25 de Abril, foi convidado para integrar a redação do Diário de Notícias (DN), numa época de reconfiguração do jornal, após a saída de José Saramago e Luís de Barros. Ingressou então na secção de política, onde permaneceu até aos anos 90 do século XX, altura em que foi desafiado a chefiar a delegação Centro do jornal, em Coimbra.

Entre finais dos anos 90 e início deste século, Soares Rebelo foi chamado pela direção do grupo empresarial para ajudar a renovar o Jornal do Fundão, entretanto comprado pela Lusomundo Media, e acumula as duas funções durante alguns anos.

Logo a seguir decidiu aceitar um convite que há muito lhe vinha sendo feito: dirigir o Diário “As Beiras”, título que o próprio Soares Rebelo tinha fundado anos antes em Tondela e que vendeu a António Abrantes nos anos 80.

Manteve-se neste diário até 2009, altura em que se reformou e deixou o jornalismo, mas não a escrita. Foi o autor do livro “O Calvário do Poeta”, que assinalou o centenário do nascimento de Miguel Torga.