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Morreu o músico Pedro Barroso

O músico Pedro Barroso morreu na segunda-feira à noite.

O cantor e músico tinha 69 anos e já se encontrava doente há algum tempo.

A notícia foi revelada pelo filho, Nuno Barroso.

Em Dezembro de 1969 era um dos cantautores revelados pelo Zip-Zip, programa da RTP.
 
Em 1970 apresenta o primeiro disco, um EP denominado Trova-dor. Vai para o Teatro Experimental de Cascais nesse ano. Sob a direcção do encenador Carlos Avilez, participa como actor nas peças Fuenteovejuna, de Lope de Vega, e Breve Sumário da História de Deus, de Gil Vicente, juntamente com José Jorge Letria e António Macedo.
 
Grava alguns singles para a Valentim de Carvalho. O seu primeiro álbum de longa duração é editado em 1976, pela Diapasão/Sassetti, com o título Lutas Velhas, Canto Novo. Segue-se o álbum Água Mole Em Pedra Dura em 1978. No ano de 1979 lança o single “Em Ferrel/Canção Para O Rio Almonda” e participa no Festival da Nova Canção de Lisboa.

 
O álbum Quem Canta Seus Males Espanta foi editado em 1980. A canção “Canção Para O Rio Almonda” seria distinguida com o Troféu Karolinka no Festival Menschen und Meer, realizado na antiga RDA, em 1981.
 
Em 1981 colabora num LP publicitário da cerveja Sagres intitulado Venha Cantar Connosco – 15 Canções de Convívio e Amizade onde interpreta um tema de sua autoria chamado “A Narça”. Neste disco colaboraram, entre outros, Maria Guinot, Tózé Brito, Nicolau Breyner ou Tossan.
 
Barroso participou, em 1982, no Festival da Canção da Rádio Comercial com “Cantar Brejeiro”. Em 1983 obteve um grande sucesso com a canção “Ai Consta”.
 
Em 1987 é lançado o LP “Roupas de Pátria Roupas de Mulher”. Recebe o prémio para a melhor canção desse ano com “Menina dos Olhos d’Água”. No ano seguinte sai o disco Pedro Barroso.
 
A editora Ovação lança em 1990 uma compilação com temas dos discos Água Mole Em Pedra Dura e Quem Canta Seus Males Espanta. A seguir foram editados os discos Longe d’Aqui (1990), Cantos d’Antiga Idade (1994), Cantos d’Oxalá (1996) e Criticamente (1999).
 
Em 2001 é editado o CD Crónicas da Violentíssima Ternura. O álbum De Viva Voz, gravado ao vivo, foi editado em Dezembro de 2002. Em 2004 celebrou os 35 anos de carreira com a edição do CD Navegador do Futuro. O disco-duplo Antologia 1982-1990 foi editado em 2005 pela Movieplay.

 
Em 2008 lançou o disco Sensual Idade, sobre os seus quarenta anos de carreira.
 
Autor da larga maioria das letras e das músicas que interpreta, é possível encontrar entre as cantigas de Pedro Barroso, trabalhos de autores como Cesário Verde, Sophia de Mello Breyner Andresen e até do Prémio Nobel da Literatura, José Saramago, no tema “Afrodite” ou “Nasce Afrodite Amor, Nasce o teu Corpo”, incluído no álbum Água Mole Em Pedra Dura de 1978 e no DVD “40 Anos de Música e Palavras”, de 2009.[4]
 
Cantou em praticamente todas as grandes salas portuguesas (Coliseu de Lisboa, Aula Magna, Fórum Lisboa, Teatro Rivoli, Pavilhão Atlântico, Teatro Diogo Bernardes, etc.), bem como em todo o país e ainda na Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, EUA, França, Holanda, Hungria, Luxemburgo, China, Suíça e Suécia. Em muitos destes países actuou também em cadeias de televisão e rádios.
 
A 3 de Dezembro de 2009, num concerto no Teatro de São Luiz, Pedro Barroso despediu-se dos palcos, celebrando 40 anos de carreira. No entanto, ainda partilhou o palco com Manuel Freire e Francisco Fanhais, num “(Re)Encontro”, em Tondela, a 19 de Junho de 2010. Já em 2011, a 3 de Maio, há novo registo de actuação, agora na Aula Magna do Conservatório de St. Maur, Paris.
 
Em Fevereiro de 2012 é lançado o CD Cantos da Paixão e da Revolta.