A Policia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, identificou, localizou e deteve uma cidadã estrangeira por forte indícios da prática do crime de falsificação de documentos, relativo à usurpação de identidade de uma cidadã portuguesa e, consequente, obtenção fraudulenta de passaporte e cartão do cidadão nacionais, adianta em nota a PJ.
Já com essa documentação falsa a suspeita viajou para Portugal, onde se fixou e passou a residir com a sua família.
No nosso país, “montou toda a sua vida como se fosse a pessoa a quem usurpou a identidade: comprou casa, abriu contas bancárias, celebrou contrato de trabalho, tudo em nome alheio”.
A suspeita “forjou, inclusivamente, os assentos de nascimento dos seus dois filhos menores, de forma a que a mãe deles passasse a ser a cidadã cuja identidade foi usurpada”, explica ainda a policia.
Com base nesta falsificação, “conseguiu, fraudulentamente, a atribuição de nacionalidade portuguesa aos seus filhos”.
A fraude foi detetada em 2022, quando a verdadeira cidadã portuguesa, residente em Angola, foi ao consulado de Portugal, em Luanda, pedir o cartão do cidadão, tendo-se verificado que, desde 2018, existia uma outra pessoa a utilizar essa identificação.
Realizada uma busca domiciliária à suspeita, foi detetada e apreendida documentação que consolida os indícios já existentes.
A detida, de 30 anos, foi apresentada à autoridade judicial competente para interrogatório, sendo-lhe aplicada medida de coação não privativa da liberdade.