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Município de Arganil lança concurso público para ampliação da zona industrial da Relvinha

A Câmara de Arganil vai requalificar o parque industrial da Relvinha, no Sarzedo, ao proceder à abertura do concurso público para a concretização da ampliação da Zona Oeste.

O concurso, lançado no dia 20 de novembro, tem um preço base de 3.596.842,33 euros e um prazo de execução de 360 dias (cerca de um ano), podendo as propostas ser apresentadas até 20 de dezembro.

Em causa está a criação de mais de duas dezenas de lotes empresariais, com dimensões a variar entre os 6.500 e os 37.500 metros quadrados. Esta ampliação do Polo Oeste, que representa um investimento superior a 3,5 Milhões de euros, financiado pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Europeu, vai incidir sobre uma área de aproximadamente 600 mil metros quadrados.

A expansão desta zona de atividade económica, que tem como principal objetivo “acolher novos investimentos, vem permitir a criação de melhores condições de ordenamento, de organização e de gestão do território e, contribuirá para o desenvolvimento de um modelo de ocupação territorial mais equilibrado, mais estruturado e mais apto do ponto de vista urbanístico e ambiental”, adianta em comunicado a autarquia.

Luís Paulo Costa, presidente da Câmara, justifica a “importância do investimento com o impacto que terá na dinamização do tecido empresarial local e no consequente desenvolvimento económico” do concelho.

“Trata-se de uma aposta com bastante tempo de maturação e que tem alimentado a ambição de um desenvolvimento municipal sustentado”, frisa o autarca, afirmando que “a ampliação do parque empresarial vem promover e fortalecer a capacidade de atração e fixação de investimentos, capazes de criar mais e melhor emprego e, assim, contribuir para níveis de qualidade de vida e de coesão social mais consolidados e qualificados”.

A modernização, estruturação e ampliação dos espaços vocacionados para a instalação de empresas (e também dos espaços existentes) tem vindo a ser um dos objetivos centrais das políticas de desenvolvimento municipal. Sobretudo porque a atual zona industrial da Relvinha se encontra lotada e, realça Luís Paulo Costa, “não se pode estar em pior posição do que ter de dizer que não a eventuais empresas que se queiram instalar no nosso território, por falta de espaço e condições; seria estar a fechar portas ao investimento e ao desenvolvimento económico local”.

Nos últimos dois anos, o processo de expansão exigiu um longo e necessário trabalho burocrático, estando agora a entrar na fase da infraestruturação. “Diria que dentro de um ano teremos condições para dizer aos investidores que podem começar a construir”, avança o autarca eleito pelo PSD. A pretensão do executivo camarário passa por atrair e facilitar a instalação de empresas, procurando sectores de mão-de-obra qualificada que permita fixar os jovens do concelho, mas também atrair jovens de outros municípios.

Encontrando-se Arganil num território com densidade populacional reduzida, muito do trabalho e do empenho da autarquia vai no sentido de tornar o concelho mais apelativo, apresentando respostas aos cidadãos. “Temos feito o que está ao nosso alcance para afirmar a atratividade do território, criando condições para que as pessoas se fixem e usufruam da melhor qualidade de vida possível no concelho”, salienta o presidente da Câmara, aludindo ao pacote de benefícios fiscais previstos pela autarquia que beneficiam munícipes (taxa mínima de IMI e devolução dos 5% de IRS aos cidadãos) e empresas (derrama de 0% sobre o lucro das empresas).

Para reforçar o papel de Arganil no contexto regional, não só como espaço habitacional qualificado mas também, e sobretudo, no que diz respeito à oferta de espaços de atividade económica estruturados e qualificados, a autarquia conta com a privilegiada localização geográfica do parque empresarial da Relvinha, que se apresenta já como o principal motor de desenvolvimento económico do município. “A proximidade e a relação funcional existente e evidente entre o Parque Industrial da Relvinha e a vila de Arganil, bem como a presença da

EN342-4 e a proximidade ao nó do IC6, constituem fatores de atração que fundamentam e evidenciam o caráter estratégico da localização deste espaço de atividades económicas”.

O projeto de ampliação das infraestruturas da zona industrial da relvinha, que deverá ficar terminado em 2021, prevê a construção de um sistema integrado de drenagem de águas pluviais; a criação de 23 lotes e instalação de rede de infraestruturas, tais como redes de abastecimento de água, rede de saneamento, energia elétrica, rede para alimentação de gás e telecomunicações; a construção da rede viária; a instalação de sinalização e tratamento paisagístico.