O Município de Oliveira do Hospital (MOH) está a desencadear várias ações de sensibilização junto dos proprietários de terrenos rústicos, para que procedam rapidamente ao arranque dos pequenos eucaliptos que, depois do incêndio de 15 de outubro de 2017, nasceram espontaneamente nas suas propriedades, com especial enfoque junto dos aglomerados populacionais.
Explicando que o eucalipto está a invadir o território, por via da germinação descontrolada das sementes, formando mantos contínuos que impedem o crescimento de outras espécies, o Gabinete Técnico Florestal (GTF) Municipal adverte que estas jovens plantas não se transformarão em árvores com valor económico mas sim num grave e dispendioso problema para o seu proprietário, já que apenas irão formar varas finas sem qualquer interesse.
Se este jovens eucaliptos não forem arrancados com urgência, a sua eliminação só será possível com recurso a corte e aplicação de herbicida, o que causará prejuízos à natureza e ao homem. Para além disso, provocarão um aumento da carga de combustível inflamável.
O presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, que recentemente pediu ajuda ao governo para travar o fenómeno da regeneração natural do eucalipto nas zonas afetadas pelos incêndios, apela aos proprietários para que “efetuem estas ações de arranque de eucaliptos”, voltando a sublinhar que se “não for definida rapidamente um estratégia nacional, não há dúvidas de que num futuro próximo vamos ter aqui autênticos barris de pólvora em matéria de risco de incêndio rural”.
Dando conta de que mais de 95 por cento da floresta do concelho é de natureza privada, o autarca refere ainda que o Município de Oliveira do Hospital estará disponível para mobilizar grupos de voluntariado que venham a proceder ao arranque de eucaliptos em terrenos de privados que concedam autorização para esse efeito.
O reordenamento florestal tem que ser efetivamente um desígnio nacional e as próximas gerações não nos perdoarão se desperdiçarmos esta oportunidade que o país tem para fazer uma verdadeira reforma florestal, conclui José Carlos Alexandrino.