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Município de Oliveira do Hospital fechou ano com saldo positivo

A Câmara de Oliveira do Hospital fechou o ano de 2016 com um saldo positivo de 666 mil euros, que reflete, segundo o presidente, o “princípio da sustentabilidade de não se gastar mais do que aquilo que se tem”.

O relatório de contas relativo ao exercício de 2016 foi aprovado em reunião do executivo, e contou com a abstenção do único vereador do PSD, João Brito, que se escusou a fazer qualquer apreciação ao documento, alegando não ter tido tempo para o analisar.

Com as contas em dia ao contrário do que alguns “vaticinavam”, o presidente do Município destacou, uma vez mais, o saldo positivo registado pela atual gestão autárquica e que é o resultado de uma receita de 15.458 milhões de euros e uma despesa de 13.465 milhões de euros, despesa essa onde estão já incluídas verbas com amortização de empréstimos, o Fundo de Apoio Municipal e a devolução de 335 mil euros à Associação Virgílio Hall, de Lagos da Beira.

“A Câmara já tinha transitado de 2015 com um saldo de 1,3 milhões de euros e se agora tem um saldo de 666 mil euros, isto quer dizer que transita para 2017 com um resultado positivo de quase dois milhões de euros”, fez notar José Carlos Alexandrino, para quem esta “performance” do Município foi conseguida apesar de 2016 ter sido um ano marcado pela redução das receitas de capital.

“Em termos de receitas de capital estivemos ao nível de 1990”, afirmou o edil, que responsabilizou o anterior Governo do PSD pelo corte drástico nas transferências do Orçamento de Estado para as autarquias.

“Em termos de transferência do OE ainda temos transferências menores que em 2009”, “isto é um retrocesso brutal” verificou Alexandrino, durante a apresentação das contas de 2016, lembrando que o Município oliveirense sofreu ainda outros cortes, decorrentes do fecho do quadro comunitário e ainda da diminuição da receita proveniente do IMI, em cerca de 200 mil euros, devido “a um conjunto de isenções” aprovadas pelo Governo, que vierem beneficiar um conjunto de famílias com baixos rendimentos e famílias numerosas.

“Mesmo com estes cortes todos tivemos uma gestão rigorosa” considerou o autarca, para quem este o exercício de 2016 “demonstra claramente que a Câmara Municipal tem uma visão de sustentabilidade financeira”.

“Há um grande equilíbrio financeiro nesta Câmara que nos deve orgulhar”, referiu o edil, para quem o valor da dívida em termos brutos, na ordem dos 2,9 milhões de euros, é também o reflexo dessa “gestão”.

“Comparativamente com 2009 (ano em que foi eleito para o primeiro mandato) fizemos obra e ainda conseguimos reduzir dívida”, afirmou o edil, para quem que a Câmara nunca teve uma dívida tão baixa, ficando-se, em termos absolutos, nos 2,9 milhões de euros.

“Até agora pagámos os empréstimos todos que os outros contraíram e ainda não tocamos nos dois milhões de euros que pedimos”, assegurou Alexandrino, fazendo realçar, uma vez mais, a boa saúde financeira do Município.

 

Fonte: Folha do Centro