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Município de Viseu desmente que parte de muralha na cidade tivesse sido destruída

A Câmara de Viseu adianta que “nenhum troço da muralha afonsina” tenha sido “demolido recentemente”.

“Foi a presença de uma equipa de Arqueologia, exigida por lei e pelo Município de Viseu, que, durante a demolição das construções mais recentes, permitiu a identificação e preservação de mais um achado arqueológico de enorme valor”, frisa em comunicado de imprensa. o município viseense.

O esclarecimento da autarquia, de maioria PSD, surge depois das críticas dos vereadores do PS da destruição de parte da muralha.

“O Polo Arqueológico de Viseu veio esclarecer, face a dúvidas levantadas na semana passada sobre a muralha afonsina, que nenhum troço daquela estrutura secular foi demolido durante as obras que se estão a realizar no Centro Histórico de Viseu. Aliás, foi a presença de uma equipa de Arqueologia, exigida por lei e pelo Município de Viseu, que, durante a demolição das construções mais recentes, permitiu a identificação e preservação de mais um achado arqueológico de enorme valor”, refere ainda a autarquia.

No mesmo comunicado o Polo Arqueológico de Viseu, produzido em conjunto com a equipa de arqueólogos responsável pelo acompanhamento da obra, adianta que esta “previa a demolição das construções que existiam no local: duas casas, muito arruinadas, construídas entre a 2ª metade do século XIX e os inícios do século XX, com acesso a partir da Rua Cónego Martins e logradouro acessível a partir da Travessa D. Zeferino. […] Durante a demolição verificou-se que parte das construções do século XIX/XX tinham sido construídas diretamente sobre um troço da Muralha Afonsina, aproveitando a construção mais antiga como alicerce e parede”. “Os arqueólogos confirmam assim que apenas aquelas construções foram demolidas”.

Acrescentando que “foram estes trabalhos de remoção das paredes do século XIX/XX, que permitiram identificar e manter todo o troço da Muralha Afonsina e realizar ‘uma escavação em torno desta construção, com vista a recolher informação que permitisse caracteriza-la mais detalhadamente’”.

O Polo Arqueológico de Viseu afirma ainda que “a preservação de achados arqueológicos nas diferentes obras realizadas no Centro Histórico de Viseu tem sido uma prioridade para a autarquia, para o e a equipa de arqueólogos responsável”. E que desta forma, foi feira a revisão do projecto de reabilitação do edifício, “de modo a garantir a preservação e integração no projeto deste troço da Muralha Afonsina”.