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Municípios Portugueses lamentam falecimento de Jorge Sampaio

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), na pessoa do seu presidente Manuel Machado, lamenta profundamente a morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio e apresenta, neste momento de dor profunda, as mais sentidas condolências à família e aos amigos deste homem ímpar que manteve, ao longo de toda a vida, uma constante intervenção cívica, política e cultural reconhecida por um extenso número de homenagens, condecorações e distinções honoríficas nacionais e estrangeiras, refere a ANMP.

Lembrando que Jorge Fernando Branco de Sampaio (18 de setembro de 1939 – 10 de setembro de 2021) nasceu em Lisboa, mas, primeiro por circunstâncias da vida familiar dos pais e depois pela sua própria carreira profissional como causídico e, mais tarde, como político, foi um cidadão de Portugal e do mundo. Desempenhou com o maior humanismo e generosidade as mais altas funções do Estado e diversos cargos relevantes em organismos de grande prestígio internacional (como a Comissão Europeia dos Direitos do Homem, a União das Cidades de Língua Portuguesa, a União das Cidades Ibero-Americanas ou a Federação Mundial das Cidades Unidas). Distinguiu-se como Enviado Especial para a Luta contra a Tuberculose e como Alto-Representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

“Antes do 25 de abril de 1974, foi um ativista estudantil de referência na frente de combate ao fascismo, um dos protagonistas da crise académica da década de 60 e um participante ativo nos movimentos de resistência ao regime e de busca de uma alternativa democrática. Depois da revolução de abril, aderiu ao Partido Socialista (1978), tornando-se uma das suas referências maiores e Secretário-Geral (1989). Foi deputado, foi eleito duas vezes Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, período em que integrou o Conselho Geral da Associação Nacional de Municípios Portugueses, e foi eleito duas vezes Presidente da República com o apoio de personalidades de todas as áreas políticas”, recorda a ANMP em nota emitida hoje.

“A sua extensa obra – cívica, política, cultural – muita publicada em jornais, revistas e livros – testemunha a sua dimensão humanista e democrata e o seu caráter de intelectual combatente pela liberdade, sem o qual ficamos todos, a partir de hoje, muito mais pobres”, conlcui.