Falta de médicos no Hospital de Cantanhede leva a pedidos de exclusão de responsabilidade.
“Continuam a chegar à Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) declarações com pedidos de exclusão de responsabilidade, desta vez em relação ao Hospital do Arcebispo João Crisóstomo de Cantanhede”, adianta em comunicado a SRCOM.
A Ordem dos Médicos mostra-se “muito preocupada” com a falta de recursos humanos neste hospital, “designadamente nas unidades de Cuidados Paliativos Agudos e de Convalescença e com a evidente asfixia financeira em que o Ministério da Saúde está a colocar esta importante unidade hospitalar”, assume o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
De acordo com Carlos Cortes é grave que o Ministério da Saúde mostre tanta indiferença perante uma situação que, a não ser resolvida, poderá ditar o encerramento dessas unidades.
No atual contexto, afirma o presidente da SRCOM, estas declarações de exclusão de responsabilidade são mais um grito de alerta para a falta de meios e de recursos humanos que prejudicam os doentes internados nestas unidades.
“Este hospital possui a Unidade de Cuidados Paliativos Agudos com 18 camas de internamento e a Unidade de Convalescença com 30 camas, dando resposta a situações complexas e com necessidades múltiplas e diferenciadas”, frisa.
O Ministério da Saúde “deve intervir com urgência, pois é grave e inaceitável a atual situação. Há períodos em que o apoio clínico das duas unidades é assegurado apenas por um médico especialista”, salienta a concluir.
“O Ministério da Saúde não poderia fazer pior: Não resolver esta situação é prejudicar os cuidados de saúde e caminhar para o encerramento destas unidades, o que se afigura inadmissível”, alerta o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos