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Ordem dos Médicos do Centro critica falta de Conselho de Administração na ULS da Guarda e ULS de Castelo Branco

Carlos Cortez, presidente da SRCOM

Com o aumento de novos casos de Covid-19  e com um risco de transmissibilidade da COVID-19, em agravamento na região Centro, de que resultam as consequentes exigências e desafios à capacidade de decisão e de liderança das unidades de saúde, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos apela à Ministra da Saúde para “pôr fim ao inexplicável atraso de mais de 10 meses para a nomeação dos Conselhos de Administração na Unidade Local de Saúde (ULS) de Castelo Branco e na Unidade Local de Saúde da Guarda numa altura em que vivemos uma crise sanitária sem precedentes”.

“O Ministério da Saúde está a tardar em proceder à nomeação dos administradores das ULS de Castelo Branco e da Guarda, deixando estas unidades de saúde amputadas do dever de liderança eficaz numa fase especialmente complexa como a que estamos a viver. É mais uma prova flagrante de incompetência e de desleixo do Ministério da Saúde perante a gestão da pandemia”, critica o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM).

Para Carlos Cortes, “é incompreensível a falta de nomeação de novas equipas, uma vez que, perante uma pandemia, esta questão não foi tratada atempadamente. Estas unidades estão, quase há um ano, sem que o Conselho de Administração seja nomeado. No caso de Castelo Branco, está sem Presidente do Conselho de Administração já que este se reformou há 7 meses. O interior da região Centro fica inevitavelmente prejudicado na sua capacidade de resposta à pandemia COVID-19 pela instabilidade que a inoperância do Ministério as Saúde está a criar”.

“A indefinição, o desinteresse e o bloqueio do Ministério da Saúde mostra o menosprezo pela prestação dos melhores cuidados a esta região do País. Face a este incompreensível impasse, a Ordem dos Médicos enaltece a capacidade de todos os profissionais de saúde que têm mantido a resposta aos utentes desta região e apela à Ministra da Saúde para fazer o que é a sua obrigação: tomar decisões que ajudem a combater a pandemia. Não há agora espaço para falta de liderança”, conclui.