A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) regozija-se com o início do Plano de Vacinação contra a COVID-19 e acentua que se trata de um ato de cidadania individual e coletiva em prol da saúde de todos.
Face ao processo em curso, a SRCOM manifesta ainda o apoio à vacinação de equipas prioritárias nas instituições hospitalares. “Tal como a Europa se coordenou para esta missão de imunização em grande escala, também se iniciou em Portugal este processo de vacinação de grupos prioritários para proteger os cidadãos em conjunto. É um momento de esperança coletiva em defesa da Saúde de todos”, diz o presidente da SRCOM. “Foi também muito importante que, ao contrário do que estava inicialmente previsto, se tenha contemplado a região Centro, mostrando uma imagem de união e de igualdade. Porém, essa igualdade deve ficar patente entre todos os médicos que correm riscos no atendimento, diagnóstico e tratamento de doentes”.
Carlos Cortes recusa, pois, qualquer discriminação e defende o início de idêntico processo junto dos profissionais de saúde do setor privado e social.
“Compreendemos a necessidade da vacinação junto dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas não entendemos que, apesar dos pedidos e alertas da Ordem dos Médicos, ainda nada esteja previsto para os médicos que não estejam diretamente ligados ao SNS”.
Alerta Carlos Cortes: “Há profissionais em regime de prestação de serviço nos hospitais públicos, outros em situação de risco a atenderem e tratarem doentes em consultórios ou instituições privadas e do setor social”. E reforça que “todos devem estar protegidos contra o risco da COVID-19 para também proteger os doentes que cuidam e tratam.”
“Somos contra qualquer tipo de discriminação neste âmbito. É lamentável que não se tenha dado um sinal em nome de todos os profissionais de saúde, neste momento de enorme esperança”.
Neste contexto, Carlos Cortes sublinha: “É importante que esta vacina seja um fator de união em prol de todos, de toda a sociedade. Não podemos fazer distinções por subsistemas de saúde ou de cuidados. Todos são importantes, não podemos desprezar ninguém. O único critério que faz sentido é o risco a que o profissional está sujeito, seja no SNS ou fora dele”.
Recorde-se que Ordem dos Médicos do Centro promoveu um ciclo de visitas às unidades de saúde públicas e privadas da região com o objetivo de avaliar como se organizaram e encontraram soluções para fazer face à emergência em termos de saúde pública decorrente da pandemia COVID-19.