Uma vez publicado em Diário da República, já se encontram abertas as candidaturas para o Regulamento Municipal do Programa de Apoio em Espécie à Reconstrução de Edificações em Pampilhosa da Serra, afetada pelos incêndios de 2017, refere em nota a autarquia.
O documento, aprovado por unanimidade em Assembleia Municipal, “estabelece os critérios que permitem a atribuição equitativa e transparente de bens e materiais à guarda do Município, que foram doados pela sociedade civil na sequência dos acontecimentos de má memória”.
Para a concessão do apoio em espécie, são “elegíveis as edificações que, cumulativamente, constem do levantamento efetuado pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra – validado em articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro -, e que não tenham beneficiado de apoio no âmbito do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente, do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Não Permanente ou de outro apoio concedido pela Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra para esse fim”, revela ainda a edilidade.
Tal como contextualizou o presidente da Câmara Municipal, Jorge Custódio, na sequência da última Assembleia Municipal, realizada a 29 de setembro, devido a outros mecanismos de apoio em curso ao longo dos últimos anos, como os programas acima referidos, só agora foi possível disponibilizar este regulamento que levará finalmente à entrega dos materiais “cedidos aos Pampilhosenses” depois do “infeliz episódio dos incêndios”.

“Só a 31 de agosto finalizamos o último pedido de pagamento, no âmbito da implementação do programa de apoio à reconstrução de habitações não permanentes”, explicou à data Jorge Custódio, acrescentando que “só decorridos estes processos é que a Câmara Municipal pode finalmente estar em condições de apoiar as pessoas que requeiram os materiais”.
Quanto aos bens doados, tratam-se de “acessórios de canalização, materiais de construção, pavimentos, revestimentos, tintas ou outros utensílios, encontrando-se devidamente catalogados”.
“Recorde-se que no âmbito do programa de apoio à reconstrução de habitações permanentes, financiado a cem por cento pelo estado, em Pampilhosa da Serra foram aprovadas e executadas 69 candidaturas, num valor total executado de 2.455.168,06 euros. Por outro lado, o programa de apoio à reconstrução de habitações não permanentes, implementado pela Autarquia (financiamento de 40% para um máximo de investimento de 80 mil euros), levou à reconstrução de 30 habitações, sendo que o valor total atribuído foi de 274.805, 77 euros”, afirma o município.
O regulamento do programa, assim como o requerimento para eventual apresentação de candidaturas está disponível no site da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.