A empreitada de requalificação do Parque Verde do Mondego, junto ao Exploratório – Centro de Ciência Viva de Coimbra, que foi um dos projetos vencedores da 2ª edição do Orçamento Participativo do município – o Verd’O Parque –, foi inaugurada no passado sábado, dia 16 de setembro, pelo presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, e pela vereadora da Reabilitação Urbana, Ana Bastos, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade.
A obra, que decorreu entre o Exploratório, as Piscinas do Mondego, a margem do rio e a Avenida Inês de Castro, “contemplou a melhoria das acessibilidades, a reorganização de espaços e a criação de zonas de lazer, num investimento superior a 470 mil euros”, explica em nota a autarquia.
O objetivo da obra passou por “eliminar barreiras físicas, dotar a área de pavimentos confortáveis, mobiliário urbano e equipamentos lúdicos requalificados. A intervenção, que ficou agora concluída e foi inaugurada, no sábado, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, foi consignada no dia 9 de junho de 2022 à empresa Irmãos Lopes & Cardoso, Lda., por um valor superior a 470 mil euros e com um prazo de execução de 240 dias”.
“Verd’O Parque” foi o projeto que somou mais votos na 2ª edição do Orçamento Participativo do Município de Coimbra em 2019. A proposta da autoria de Sofia Reis visou a “transformação de uma zona do Parque Verde do Mondego, entre o Exploratório e o rio Mondego, num espaço de fruição para todos, um local que estimule o contacto mais direto com a natureza, promova um estilo de vida mais saudável e sustentável e uma aprendizagem informal, proporcionada por diversos equipamentos a criar”.

Na execução deste projeto, a CM Coimbra “foi além do que estava inicialmente previsto e melhorou, também, as acessibilidades deste espaço, resultando num investimento superior ao que estava inicialmente previsto. A intervenção contemplou a colocação de sinalética, mobiliário urbano e equipamentos lúdicos que incentivem os utilizadores a explorar conhecimentos de ciência e a sua experimentação. Os elementos introduzidos foram, sempre que possível, construídos e concebidos com recurso a materiais biodegradáveis e com processos de fabrico sustentáveis e as superfícies passaram a ter pavimentos permeáveis”, realça ainda a edilidade.
O espaço foi dividido em oito zonas, acessíveis de modo gratuito e permanente. A zona 1, intitulada de “Verd’O Parque”, funciona como antecâmara ao espaço do Exploratório e incentiva à paragem e à exploração. O espaço foi reorganizado, algumas áreas foram pavimentadas e foram introduzidos degraus em betão pré-fabricado, que irão funcionar como bancos permitindo vencer o desnível existente. Foram, ainda, criados dois percursos a estabelecer a ligação com o passeio da Av. Inês de Castro e reinstalados elementos lúdicos já existentes no Exploratório: os sólidos platónicos e a estrutura hemisférica, o “Duomo”, que servirá de apoio aos espaços da cafetaria e livraria.
A zona 2, “Parque da Ciência”, fica situada no espaço exterior do Exploratório e o grande objetivo passou por ampliar o espaço e eliminar as barreiras físicas existentes, de forma a permitir o livre acesso ao local. Já na zona 3, “Em cena”, foi criado um pequeno anfiteatro exterior, constituído por degraus de betão, estilo bancadas, que permite a realização de espetáculos de diversos tipos.

A zona 4, “Cultiva-te”, onde funcionava a horta, foi substituída por canteiros sobrelevados com diferentes alturas, compostos por sulipas. A escada foi demolida e substituída por uma rampa em betão que permite o acesso a pessoas com mobilidade condicionada.
Já na zona 5, “AVEr”, foi criada uma parede de observação de aves e foram colocados novos comedouros e bebedouros para as aves da parte posterior dessa parede.
“Espiolhar o Parque” é o nome da zona 6, situada na parte do bosque existente entre o Exploratório e a piscina, onde foi construído um passadiço em madeira, sobrelevado entre as árvores existentes, de forma a ser possível aceder a uma cota superior junto da copa das árvores. Um percurso que se pretende acessível a todos e que tem, ainda, duas plataformas com bancos, que são espaços de paragem, brincadeiras e zona de observação de aves. Este passadiço faz parte de um circuito de manutenção alternativo composto por um conjunto de desafios que apelam ao raciocínio e também à observação da natureza e que se apoiam num conjunto de estruturas com estímulos interativos.
Já na zona 7, “Encharca-te”, foi criado um charco que funciona como foco de atração de diversas espécies. Foi, ainda, criado um canal de água serpenteado, que vai servir de fronteira entre as zonas 2 e 6, e que pretende ser também ele um elemento lúdico. Por último, na zona 8, “Com’aki”, foi criada uma área de piquenique, através da instalação de uma mesa de grandes dimensões, com bancos corridos que envolvem as árvores existentes.