CentroTV

PCP acusa grupo Aquinos de “impor ilegalmente férias aos trabalhadores”

Depois do grupo Aquinos ter colocado os 3.200 trabalhadores das fábricas em Tábua, Carregal do Sal e Nelas de férias devido ao Covid-19, o PCP vem dizer que a medida é “ilegal”.

“O PCP tem chamado a atenção para aproveitamentos, por parte de sectores do patronato e de grupos económicos, para o ataque aos direitos dos trabalhadores a propósito da pandemia COVID 19”, adianta hoje o partido em comunicad.

Acrescentando que “têm surgido casos de recurso indiscriminado e arbitrário ao Lay-Off e a multiplicação de atropelos a direitos e à própria liberdade sindical, com consequências na redução de salários e rendimentos dos trabalhadores e nas receitas da Segurança Social”.

Segundo os comunistas “estes aproveitamentos juntam-se pressões do patronato para marcação forçada de férias como no caso do Grupo Aquinos, produtor de Sofás e Colchões com unidades de produção em Tábua, Carregal do Sal e Nelas, assim como França e Polónia”.

O grupo Aquinos faturou, em 2019, mais de 300 milhões de euros na venda de sofás e colchões para quase 40 países de todo o mundo, com maior incidência na Europa. Emprega atualmente 4.000 pessoas, das quais 3.200 em Portugal e 800 nas unidades de França e Polónia e nos escritórios espalhados pelo resto do mundo.

“Os Sectores de Empresas dos Distritos de Coimbra e Viseu do PCP reiteram a exigência de respostas que assegurem a salvaguarda da saúde dos trabalhadores sem colocar em causa salários, nem o direito ao gozo de férias. A epidemia não pode acelerar a exploração dos trabalhadores”, salienta a concluir o PCP.