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PCP descontente com a empresa Yazaki Saltano em Ovar

A Yazaki Saltano, estabeleceu-se em Ovar em 1986, chegando a empregar mais de 7000 trabalhadores na década de noventa, anunciando mais tarde, em 2005, o processo de deslocalização e assim reduzir drasticamente o seu contingente de trabalhadores.

“ A ganância e a voracidade dos grandes grupos económicos não têm limites. Não contente com este legado, a empresa pretende explorar ainda mais os trabalhadores da Yazaki” afirma o PCP.

“Sabe-se que a Yazaki  Saltano em Ovar, está a coagir os seus trabalhadores a aceitar o regime de laboração contínua, e ainda, o horário concentrado de 12 horas de trabalho diárias. Esta medida indicia a prática de ilegalidade, e como se não bastasse os trabalhadores denunciam que a proposta de acréscimo à sua remuneração (subsídio de turno), encontra-se fora do intervalo  estipulado por lei, quando o seu trabalho é enquadrado como turno permanente (regime de laboração contínua)”, continua.

O PCP, descontente com esta situação, lembra que “ esta empresa acumulou ao longo de décadas dezenas de milhões de euros de lucros à custa do esforço dos seus trabalhadores, mas também ao abrigo de dezenas de milhões de ajudas públicas nacionais e comunitárias: cedência de terrenos, isenções fiscais, PEDIP, PRIME, Fundo Social Europeu, etc”.

O partido está solidário com os trabalhadores da empresa  e afirma que “não dará descanso a práticas de desrespeito e violação de direitos nos locais de trabalho, de ameaça, pressão directa e indireta, chantagem, violência psicológica, repressão sobre os trabalhadores, como forma de reforço do poder do patronato e de fragilização da ação reivindicativa.”

“O PCP não deixará de acompanhar esta situação em particular e apela à união dos trabalhadores e à recusa deste regime de laboração e ao atropelo dos seus direitos. Os trabalhadores da Yasaki poderão contar sempre com o PCP na luta pelas suas justas reivindicações, e continuará a intervir na defesa dos seus direitos”, concluiu.