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PJ deteve seis homens por suspeita de corrupção desportiva

A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DIAP) deteve seis homens e constituiu oito arguidos, com ligações à indústria do futebol, pela presumível prática dos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, no âmbito da “lei da corrupção desportiva”.

Foram detidos jogadores do Académico de Viseu, Oriental, Penafiel e um membro da claque dos Super Dragões.

Esta investigação, que vem na sequência da operação jogo duplo, 1ª fase, na qual foram realizadas 31 buscas e efetuadas 15 detenções, respeita à “mesma investigação que decorre há cerca de um ano e que tem como objeto o fenómeno da corrupção no desporto como instrumento do ‘match fixing’ de competições oficiais de futebol, traduzido, aqui, em atuações concretas de vários agentes ligados a este desporto”, refere em nota de imprensa a PJ.

Na operação da Polícia Judiciária hoje em curso, em que a UNCC contou com a colaboração da Diretoria do Norte, da Diretoria do Centro e da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, foram realizadas 16 buscas domiciliárias em diversas localidades do país, designadamente, em Lisboa, Vila Franca de Xira, Ovar, Gaia, Porto, Fátima, Sesimbra, Loures, Santa Maria da Feira, Sanfins e Ermesinde tendo, para além dos detidos, sido constituídos ainda mais oito arguidos e apreendido diverso material relacionado com a prática da atividade criminosa em investigação.

Durante a investigação em curso a Polícia Judiciária contou com a colaboração da EUROPOL e de entidades estrangeiras de monitorização de jogos e a importante cooperação com a Federação Portuguesa de Futebol.

Os detidos serão presentes ao Ministério Público para primeiro interrogatório judicial no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

A Federação Portuguesa de Futebol esclareceu em comunicado, em relação às suspeitas de corrupção no fenómeno desportivo, que “acompanha de forma regular e conhecedora o trabalho da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), nomeadamente no que diz respeito ao desporto e ao futebol”.

A FPF avançou também que Portugal não pode ser terreno fértil para comportamentos e ações criminosas associadas ao futebol e que continuará a trabalhar para um futebol mais limpo e digno de um país Campeão Europeu.