A Assembleia Municipal de Vila Nova de Poiares aprovou por maioria, com os votos favoráveis da bancada do PS e da CDU, e a abstenção do PSD, os Relatórios de Gestão e de Atividades da Prestação de Contas 2023 do Município, refere hoje em nota a autarquia.
Conforme apresentado pelo presidente da Câmara, João Miguel Henriques, no que concerne ao Relatório de Gestão, o destaque vai para a não existência de dívida a fornecedores e um prazo médio de pagamentos de 0 dias, “ou seja, neste momento o Município de Vila Nova de Poiares está a pagar a pronto», explicou, sublinhando a importância que isto representa na «credibilidade e imagem de seriedade e ‘bom pagador’ da autarquia e do seu executivo, contribuindo para reforçar a relação de confiança junto dos nossos fornecedores e prestadores de serviços”.
No que respeita à dívida global, o presidente da Câmara informou que a “331 de dezembro de 2023 era de 12.378.597,14€, o que representa uma amortização de mais de 8 milhões de euros à dívida que encontramos quanto tomamos posse pela primeira vez em 2013, ou seja, uma redução cerca de 40%, bem representativo e significativo da responsabilidade e esforço com que temos gerido as finanças municipais”.
Já em termos de execução, “é de assinalar uma taxa de execução global de 92,57%, e um resultado do saldo de gerência de 1.797.820,67€, com um aumento de 600 mil euros face ao ano anterior, valor que foi já incluído no orçamento de 2024, conforme deliberação da Assembleia Municipal de Fevereiro”, referiu João Miguel Henriques.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, “o exercício de 2023 continua a demonstrar a capacidade de gestão muito equilibrada dos recursos existentes, fundamental para a recuperação financeira do Município, sem descurar o investimento, procurando, o mais possível, que sejam aproveitadas todas as oportunidades gerados pelos fundos estruturais europeus”.
“A redução do excesso de endividamento é mesmo a grande aposta do Executivo, prevendo que, mantendo-se o mesmo ritmo de redução da dívida, seja possível, já em 2025, abandonar a situação de excesso de endividamento e permanecer dentro dos limites legais, para, desta forma, poder «reconquistar a autonomia de gestão, e definir estratégias de redução de impostos municipais, isenções de taxas e licenciamentos, bem como possa deixar de estar limitado ao nível da contratação de recursos humanos, ou até poder recorrer ao crédito, se pontualmente houver necessidade de assumir compromissos de investimento”, afirmou.
O documento foi aprovado com os votos favoráveis do PS e CDU, merecendo apenas a abstenção do PSD, o que, aliás, já tinha acontecido na reunião da Câmara Municipal, onde o documento também tinha merecido a abstenção das vereadoras do PSD.