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Pólo Europeu do Museu da Língua Portuguesa poderá ser instalado na Estação Nova em Coimbra

O município de Coimbra poderá instalar o Polo Europeu do Museu da Língua Portuguesa, sediado em São Paulo (Brasil), na Estação Nova, estão de comboios que vai ser desativada, r o presidente revelou ontem o presidente da Câmara, José Manuel Silva.

A Câmara de Coimbra, o Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho formalizaram ontem um protocolo de cooperação com vista à criação do Pólo Europeu do Museu da Língua Portuguesa.

Uma iniciativa que visa “valorizar a diversidade da língua portuguesa, celebrá-la como elemento fundamental e fundador da cultura e aproximá-la dos falantes do idioma em todo o mundo”, salienta a autarquia em nota.

“Estimar a diversidade da língua portuguesa, celebrá-la como elemento fundamental e fundador da cultura e aproximá-la dos falantes do idioma em todo o mundo é desiderato que, para a Câmara de Coimbra, representa um passo fundamental na afirmação de Coimbra como cidade do conhecimento e da cultura”, referiu José Manuel Silva, presente no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na sessão que decorreu em formato híbrido.

“A instalação do Pólo Europeu do Museu da Língua Portuguesa, em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, é um sinal inequívoco desta afirmação”, acrescentou o autarca.

Por seu turno, Sérgio Sá Leitão, que participou virtualmente na sessão, destacou que “o Museu da Língua Portuguesa não é apenas de São Paulo ou do Brasil, é de todo o mundo lusófono”.

“Este acordo é o primeiro passo para a real e definitiva internacionalização da instituição, do seu conteúdo e da sua programação. Penso que, assim, iremos contribuir para uma valorização ainda maior do principal patrimônio cultural da lusofonia, a língua portuguesa”, sublinhou o secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Por fim, interveio o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria, que também participou de forma virtual, salientando que “com essa parceria, teremos a oportunidade de ampliar ainda mais as vivências em língua portuguesa em um espaço como o Museu, onde todos os que falam português se encontram e se reconhecem na sua diversidade”.

O objetivo é “valorizar a diversidade da língua portuguesa, celebrá-la como elemento fundamental e fundador da cultura e aproximá-la dos falantes do idioma em todo o mundo”, desiderato que, para a autarquia conimbricense, “representa um passo fundamental na afirmação de Coimbra como cidade do conhecimento e da cultura”, pode ler-se na informação analisada na reunião do executivo municipal de 21 de fevereiro deste ano, na qual foi aprovado o protocolo hoje formalizado. Recorde-se que este projeto foi iniciado pelo Grupo de Trabalho no âmbito da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027.

O protocolo estabelece que a secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo compromete-se a “disponibilizar, dentro das suas possibilidades, o conteúdo do Museu da Língua Portuguesa, que esteja com direitos de autor disponíveis para uso em circuito internacional, para ser utilizado no Pólo Europeu do Museu da Língua Portuguesa, sendo ainda autorizado o uso do nome, da marca e da referência ao Museu da Língua Portuguesa para a implantação deste Pólo Europeu”.

Por sua vez, a Fundação Roberto Marinho “compromete-se a enveredar esforços no sentido de compartilhar o seu conhecimento técnico e know-how para colaborar nos estudos com vista à definição do modelo deste Pólo Europeu, a partir da sua experiência na implantação do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, nas diversas vertentes do projeto (arquitetura, museografia, curadoria, tecnologia, acessibilidade, educativo, comunicação, entre outras)”. Entre outros compromissos assumidos, a Fundação vai também divulgar esta iniciativa no seu canal de televisão – Canal Futura -, bem como compartilhar conhecimento técnico para formação de alianças com canais de televisão e outras iniciativas de comunicação pública e educativa de Portugal e demais países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Já o Município de Coimbra vai promover ações adequadas à prossecução dos objetivos propostos no protocolo, especialmente as relacionadas com o desenvolvimento e planeamento dos recursos necessários e à gestão do Pólo Europeu do Museu da Língua Portuguesa na cidade. A produção de material promocional e a seleção de imóveis com condições para instalar este Pólo Europeu também serão responsabilidade da autarquia, que se compromete ainda a licenciar parte dos conteúdos produzidos, para que o Museu da Língua Portuguesa o possa incluir no seu espaço expositivo.

Para o presidente da Câmara José Manuel Silva, importa também salientar que com a recente assinatura em Coimbra, no passado dia 21 de Abril, do protocolo de cooperação internacional, no âmbito das comemorações oficiais do bicentenário da independência do Brasil, entre a Câmara de Coimbra, o Senado Federal do Brasil, a Universidade de Coimbra e a Associação Portugal Brasil 200 anos (Apbra), relativo às ações do projeto internacional multidisciplinar  “200 anos, 200 livros”  e seus desdobramentos, que contam com o apoio de entidades públicas (Senado Brasileiro,  Projeto República, Universidade Federal de Minas Gerais, Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Instituto Camões e a Universidade de Coimbra) e privadas (Associação Portugal Brasil 200 anos, Folha de São Paulo e a Información Capital entre outras – as relações e a interlocução da cidade de Coimbra com as instituições e os agentes culturais Brasileiros, quer em Portugal, quer no Brasil, ganharam uma dimensão mais ágil e reforçada.