Mais concretamente, falamos de 926 mil euros por hora para um montante total de 6,07 mil milhões de euros investidos no conjunto dos primeiros nove meses do ano.
Estes números pertencem ao mais recente relatório do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), entidade que supervisiona e regula a atividade de jogo online em Portugal, sobre o 3º trimestre de 2021, documento que coloca ainda em destaque o aumento do número de apostadores e a consolidação da trajetória de crescimento dos jogos de fortuna ou azar iniciada há mais de um ano.
Em termos homólogos, estes mais de 6 mil milhões de euros traduzem um aumento de 46,8% face aos 4,13 mil milhões de euros registados em igual período do ano passado, um montante que foi bastante afetado pela paragem nas competições desportivas.
Volume de apostas em jogos de fortuna ou azar ultrapassa os 5 mil milhões de euros
A fatia de leão desta cifra pertence à categoria dos jogos de fortuna ou azar que, no conjunto dos três trimestres do ano, registou um montante total de apostas que atingiu os 5041,7 milhões de euros, mais 45,1% do que no período homólogo do ano passado, enquanto a categoria de apostas desportivas à cota ascendeu a 1025,6 milhões de euros, o que significa um crescimento de 55,6% face a igual período de 2020.
Este crescimento no volume de apostas online teve uma clara repercussão direta nas receitas brutas geradas pelo setor que se cifraram, nos primeiros nove meses deste ano, nos 367,4 milhões de euros, mais 144,3 milhões de euros do que em igual período de 2020, altura em que o valor total de receitas brutas ascendia a 223,1 milhões de euros. Em termos categoriais, as apostas desportivas online lideram com uma receita bruta total de 186,3 milhões de euros, enquanto os jogos de fortuna ou azar somam, por sua vez, 181,1 milhões de euros
Resultado óbvio deste crescimento, o Estado acabou por arrecadar nos primeiros nove meses do ano um total de 127,4 milhões de euros em sede de Imposto Especial sobre o Jogo Online (IEJO), um valor que já supera os 108,2 milhões de euros apurados durante todo o ano de 2020.
Mais de 2 milhões de portugueses já apostaram online em 2021
Como se pode perceber pelos dados disponibilizados pelo SRIJ em relação ao volume e receitas geradas pela atividade de jogo online em Portugal durante os primeiros nove meses do ano, o setor vai de vento em popa.
Os grandes responsáveis por este crescimento em toda a linha são, como não poderia deixar de ser, os apostadores. A maior literacia dos portugueses em relação às apostas (há quem faça disto profissão), o fácil acesso às plataformas através dos smartphones, a diversidade e os bónus que muitas casas de apostas e portais especializados dão a quem se inicia na arte das apostas online são fatores que concorrem para o crescimento desta área.
Sites como o ApostasOnline.pt são um belo exemplo disso mesmo. Este portal condensa toda a informação necessária a quem se está a iniciar nos casinos e apostas desportivas online, oferece bónus para a fomentar a experimentação e ainda faz a análise das maiores casas de apostas, como é caso da Betano ou da Nossa Aposta.
Assim, na rubrica “número de jogadores”, há a assinalar que, no conjunto dos três trimestres de 2021, o número de apostadores, ou seja, aqueles que realizaram pelo menos uma aposta em jogos de fortuna ou azar ou em apostas desportivas online, ultrapassou os 2 milhões (2,075), mais 743 mil apostadores do que em igual período de 2020 (1,332).
Concentrando-nos apenas no último trimestre deste ano, verifica-se que, do número total de jogadores que realizaram apostas neste período, 39,9% efetuaram apostas exclusivamente em apostas desportivas online, 27,5% jogaram somente em jogos de fortuna ou azar e 32,6% tiveram prática de jogo online em ambas as categorias, percentagens que, desde o último trimestre de 2020 indicam a ultrapassagem do número de jogadores que aposta em ambas as categorias em relação a quem aposta exclusivamente em jogos de fortuna ou azar.
Uma nota ainda para o número de jogadores autoexcluídos. Em 30 de setembro de 2021, e no total das entidades exploradoras, encontravam-se autoexcluídos da prática de jogos e apostas online 100,8 mil jogadores, mais 7,2 mil jogadores do que no trimestre anterior e mais 38,7 mil do que no período homologo de 2020.
Esta variação trimestral explica-se, segundo o relatório, pela autoexclusão da prática de jogos e apostas online de 18,4 mil jogadores e pelo término da autoexclusão de 11,2 mil jogadores. À data do relatório, os jogadores autoexcluídos representavam cerca de 3,2% dos jogadores registados em todas as entidades exploradoras, valor superior em 0,3 p.p. comparativamente a igual período de 2020.