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Portugueses gastaram em média 637,74 euros durante a estadia em Alojamento Local

A segunda edição do Barómetro do Alojamento Local, um estudo da HomeAway, plataforma especialista em alojamentos para férias, realizado em colaboração com o Centro de Investigação em Comunicação Aplicada e Novas Tecnologias (CICANT) e com o Departamento de Turismo da Universidade Lusófona, voltou a inquirir os portugueses com o objetivo de analisar o perfil do viajante que escolhe alojamento local para férias.

Entre as principais conclusões do Barómetro, apura-se que mais de 1,98 milhões de viajantes, residentes em Portugal, terão ficado hospedados pelo menos uma vez, num alojamento local, sendo que a maioria dos inquiridos (84,9%) utilizou esta opção de estadia entre 1 a 4 vezes, durante o período de análise do estudo.

Para a estimativa dos gastos totais associados ao alojamento local referente a 2019, a análise considerou os seguintes dados e pressupostos: a despesa média de estada, por pessoa, atinge os 637,74 euros, o que engloba os gastos médios com a reserva do alojamento local e outras despesas como alimentação, atividades culturais ou transportes no local.

 Com base no estudo, os principais utilizadores da modalidade de alojamento local são as famílias com 42,1%, em seguida casais (39,5%) e grupos de amigos (17,5%). Neste contexto, verifica-se ainda que grande maioria das estadias (94%) têm uma duração até 7 noites e o número médio de turistas presentes no alojamento é de 3,7 pessoas. Importa referir que o apartamento foi o tipo de alojamento preferido pelos viajantes (51,6%), seguido da moradia (27,1%).

 No que respeita a localização geográfica, os resultados indicam que o Algarve (25,1%), a região Norte (22,4%) e Centro (19,3%) são os destinos mais procurados pelos turistas lusos, ainda que com menos proporção comparativamente ao ano passado, devido ao aumento significativo do Alentejo, que registou 18,2% (mais 5 pontos percentuais) comparativamente aos dados registado em 2018.

 Os resultados do estudo demonstram que, à semelhança do ano passado, a internet continua a ser o método preferido para a realização de reservas (62,2%), seguido do telefone (20,6%). As principais fontes de informação que os viajantes consultam antes de realizar as estadias são os   websites especializados no arrendamento de alojamento local (33,8%), seguido de recomendações de conhecidos ou amigos (21,6%).

 Adicionalmente, a segunda edição do estudo de mercado realizado pela Universidade Lusófona, procurou caracterizar o processo de escolha e de critérios de seleção do alojamento local. Os mais relevantes foram a boa localização (53,4%), preço (50,2%) e área envolvente afeta ao alojamento (34,2%), repetindo a tendência dos resultados apurados em 2018.

O contributo dos gastos diretos e indiretos dos turistas de alojamento local para a dinamização do Turismo e da Economia nacional é inegável.

O estudo demonstra que o AL continua a evidenciar um crescimento sustentado, que em 2018 foi de 16,6%, o que resulta do grau de maturidade assinalável que o setor já manifesta em Portugal. O crescimento do gasto total deve-se ao aumento do número de pessoas que ficaram num Alojamento Local. Trata-se de uma atividade que é ainda responsável pela criação e manutenção de postos de trabalho, pela valorização imobiliária e recuperação urbana, pela geração de valor para as autarquias através da taxa turística, assim como pelo seu forte contributo para o aumento sustentado da oferta turística da marca/país Portugal.

Este Estudo de Mercado foi realizado pelo Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT) da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) para a HomeAway, tendo a recolha de dados ocorrido durante os meses de agosto e setembro de 2019.  O universo deste estudo são os indivíduos residentes em Portugal, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos de idade, que ficaram num alojamento local, em território nacional, pelo menos uma vez, durante o período de agosto de 2018 a setembro de 2019. No total, foram inquiridas 1000 pessoas.