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Preocupações com o DLBC marcam tomada de posse na ADIBER

Miguel Ventura

Tomaram posse os novos órgãos sociais da ADIBER.

Estiveram presentes mais de meia centena de parceiros da ADIBER de toda a região, entre os quais os presidentes dos Municípios de Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e vereador do Município de Tábua e a vice-presidente da Federação Minha Terra.

A associação adianta em comunicado que a cerimónia “constitui-se como um importante momento de confirmação da importância que esta associação assume no contexto da Beira Serra e de reconhecimento do trabalho de coesão e união que tem sido possível construir e dinamizar entre os agentes deste território”.

Miguel Ventura, que foi reeleito para o cargo de presidente da direção, “ não é fácil trabalhar sem os recursos que lhe deveriam há muito estar alocados, os quais para além dos significativos e inexplicáveis cortes de que foram alvo, estão a sofrer um enorme atraso, com as consequências negativas e constrangedoras que daí advém”.

Recordou que o período de transição entre o QREN e o Portugal 2020 “é, sem dúvida, o mais complicado e doloroso de que nos recordamos”.

Na sua opinião “está criado um ambiente de desconfiança e desmotivação entre os responsáveis das Entidades parceiras, mas também junto de todos os que criaram expectativas em obter ajudas para a resolução dos seus problemas ou para a concretização das suas ideias de negócio ou modernização dos seus equipamentos sociais ou culturais”.

Acrescentando que “apesar do optimismo e da capacidade de resiliência que sempre nos acompanhou e temos evidenciado, tememos começar a esmorecer face aos permanentes obstáculos que nos são colocados e à ausência de uma visão partilhada e aberta da parte de quem tem responsabilidades em definir a regulamentação dos Programas nos quais se suportam as referidas Estratégias, nomeadamente o DLBC, os quais têm de considerar as especificidades de cada Território, para que os impactos e os resultados a alcançar estejam de acordo com os objectivos identificados pelas Parcerias locais”.

Ventura frisou que não aceita que o “relevante património conquistado em 25 anos de Abordagem LEADER possa ser delapidado e não seja rentabilizado em favor do desenvolvimento económico, social e cultural de territórios, que necessitam, mais do que nunca, de um olhar sério e honesto para as oportunidades e para o potencial que têm para oferecer”.