A conferência sobre a execução do Orçamento de Estado conclui que a troika já saiu do país, mas o Governo continua a manter a austeridade aos portugueses.
“Foi-se embora a troika, é certo, mas ficou cá o Governo, e com ele ficaram estas políticas erradas”.
A ideia foi ontem defendida por Manuel Machado, na conferência sobre a execução do Orçamento do Estado, mas não é o único a pensar assim.
O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) defendeu que “as pessoas, entidades e instituições estão no limite das suas possibilidades” e os municípios têm sido das principais vítimas da austeridade do Governo de Passos Coelho, dado que possuem cada vez menos receitas próprias e os recursos humanos estão exaustos.
Também o ex-secretário de-geral da UGT, João Proença, afirmou que o Orçamento do Estado está virado para a austeridade, e Vasco Valdez, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, disse que embora de forma mais “disfarçada”, a austeridade está para ficar.
A Fiscalidade Verde é uma das provas do esforço que continua a ser exigido aos portugueses, uma vez que representa um claro aumento de impostos.
Vasco Valdez chegou mesmo a afirmar que embora este ano vá, possivelmente, ser melhor do que o anterior, os “problemas estruturais com que Portugal se confrontava antes da crise ainda persistem”.